Aflatoxinas, Ocratoxina A e Zearalenona em alimentos para consumo animal no sul do Brasil- Parte II
pdf

Palavras-chave

Micotoxinas
Aflotoxinas
Ocratoxina A
Zearalenona
Cromatografla em camada delgada

Como Citar

1.
Baldissera MA, Santurio JM, Canto SH, Pranke PH, Almeida CAA, Schimidt C. Aflatoxinas, Ocratoxina A e Zearalenona em alimentos para consumo animal no sul do Brasil- Parte II. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 30º de dezembro de 1993 [citado 10º de maio de 2024];53(1-2):5-10. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/35978

Resumo

Os metabõlítos tóxicos Aflatoxinas (AFL) Bl, B2, G1 e G2, são produzidos por linhagens de fungos Aspergillus flavus e A. parasiticus, Ocratoxina A (OCT) produzida por A. ochraceus e várias espécies de Penicillium e a Zearalenona (ZEA) pelo Fusarium graminearum. Estas micotoxinas foram pesquisadas em 519 amostras de diferentes substratos constituídos especialmente de milho e ração balanceada, além de outros produtos utilizados na alimentação animal como arroz, sorgo, farelo de trigo e colza, provenientes do Brasil e uma amostra da Argentina durante o período compreendido entre os anos de 1987-1991. Foi empregado o método SOARES & RODRIGUES-AMA YA para extração e quantificação das micotoxinas, com limites de detecção de 4, 5, 60 p.p.b. para Aflatoxinas, Ocratoxina A e Zearalenona, respectivamente. Em 68,59% das amostras não foram detectadas estas micotoxinas, mas 24,86% das amostras positivas estavam contaminadas por Aflatoxinas, 1,73% por Ocratoxina A e 4,82% das amostras estavam contaminadas por Zearalenona. O nível máximo de contaminação por Aflatoxinas foi de 1906 p.p.b., de 745 p.p.b. por Ocratoxina A e de 4982 p.p.b. por Zearalenona. Frente aos resultados obtidos, sugere-se o monitoramento constante destas micotoxinas, principalmente Aflatoxinas, por parte da indústria e a atenção dos produtores de aves e suínos, pois estas micotoxinas comprometem a saúde animal e, por conseqüência, o desempenho produtivo destes animais.

https://doi.org/10.53393/rial.1993.53.35978
pdf

Referências

1. BALDISSERA. M. A; SILVA, J.B.; SANTURIO, J.M.; ALMEIDA, C.A. A Multidetecção de Aflatoxina A e Zearalenona por cromatografia em camada delgada - C. Rev. Soc. Eras. Toxicol., 2 (2):45-53, 1989.

2. BRASIL.. Leis, decretos, ele. - Resolução no. 34/76, da Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos. Diário Oficial, Brasília, 19 jan., 1977. Seção I. pt. I. p. 710. Fixa padrões de tolerância para as Aflatoxinas em alimentos.

3. EPPLEY, R.M. Screning Method for Zearalenone, Aflatoxin and Ochratoxin: J. Assoc. Off. Anal. Chem., 51(1): 74-8, 1968.

4. MALMANN, C.A. Influência da administração de Zearalenona em duas fases de gestação sobre o desenvolvimento reprodutivo de porcas. Tese de Mestrado, Santa Maria, Universidade Federal de Santa Maria, Medicina Veterinária. 1990, 53 p.

5. MERWE. K.J. Van Der; STEYN, P. S.; FOURIEL, L. Micotoxins. Part II. The constitution of Ochratoxin A, B e C, metabolites of Aspergillus ochraceus wilh. J. Chem. Soc., London, p. 7083-88, 1965.

6. MIROCHA, CJ. & CHRISTENSEN, C.M. The estrogenic mycotoxins synthetised by Fusarlum Mycotoxlns. Ed. L.F.H. Purchase, Amesterdam, 1974, pp. 129-148,202 p.

7. ORGANIZACION MUNDIAL DE LA SALUD. Critérios de salud ambiental 11: Micotoxinas. 1983,131 p.

8. PREGNOLATTO, W. & SABINO, M. Pesquisa e dosagem de Aflatoxina em amendoim e derivados e em outros cereais. Rev. Inst. Adolfo Lutz. 20/30:65 71,1969/1970.

9. RIBEIRO NETO, 1..V. Aflatoxinas e Câncer Hepático, Ciência e Cultura, 33(8): 1051-3, 1980.

10. SABINO, M.; PRADO, G.; INOMATA, E.I.; PEDROSO, M.O. & GARCIA, R.V. Natural occurrence of Aflatoxins and Zearalenone in maize in Brazil, Part. Food Additives and Contaminants, 6(3): 327-31,1989.

11. SABINO, M.; LAMARDO, l..C.A; INOMATA, E.I.; ICillKAWA, AH. & GIANNATTASIO, C.M.P. Ocorrência de Aflatoxina B1 em produtos alimentícios e rações animais, consumidos no Estado de São Paulo e várias regiões do Brasil, no período de 1980 a 1987. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 48(1 e 2): 81-5, 1988.

12. SANTOS, J.1..; RIBEIRO, M.F.B.; SILVA, J.C.P. & FARIA, J.E. Aflatoxicose em suínos, ocorrência de surtos na Zona da Mata de Minas Gerais. Arq. Bras. Med. Vet. Zoot., 38(2):167-72,1986.

13. SANTURIO, J.M.; BALDISSERA, M.A: SILVA, J.B. & BRONDANI, E.R. Detecção de aflatoxinas em rações para consumo animal: Resultados de 1987. Rev. Centro de Ciências Rurais. 18(2):169-75, 1989.

14. STOLOFF, 1.. Environmental Carcinogens Selected Methods of Analysis, Lyon, IARC Publications no. 44, cap. 3, 33-62, 1982,455 p.

15. SOARES, L.M.V. & RODRIGUEZ AMAYA, D.B. Survey of Aflatoxins, Ochratoxin A, Zearalenone and Sterigmatocystin in some Brazilian foods by
using multi-toxin thin-Iayer chromatographic methods. J. Assoc. Off. Anal. Chem., 73(1):22-6, 1989.

16. WHO - Environmental Health Criteria 105: Selected Mycotoxins: Ochratoxins, Trichotecenes, Ergot. Geneve, Wold Health Organization, 1990.263 p.

17. WHO - Environmental Health Criteria 11: Mycotoxins. Geneve, World Health Organization, 1979, 127 p.

18. WOOD, G.E. Aflatoxins in domestic and imported foods and feeds. J. Assoc. Off. Anal. Chem., 71(4): 543-48, 1989.
Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 1993 Maria Antonieta Baldissera, Janio M. Santurio, Samira H. Canto, Patricia H. Pranke, Carlos Alberto A. Almeida, Cleusa Schimidt

Downloads

Não há dados estatísticos.