Avaliação, segundo determinações de impurezas, fraudes e matérias estranhas, do café torrado e moído produzido e/ou comercializado na região de São José do Rio Preto - São Paulo
pdf

Palavras-chave

Café
impurezas
fraudes
matérias estranhas
análise microscópica

Como Citar

1.
Alexandre Silva Graciano R, Klai Ribeiro A, Cristina Castilho Gorayeb T, Correia M. Avaliação, segundo determinações de impurezas, fraudes e matérias estranhas, do café torrado e moído produzido e/ou comercializado na região de São José do Rio Preto - São Paulo. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 30º de junho de 1998 [citado 27º de abril de 2024];57(1):49-55. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/36621

Resumo

Foram colhidas 121 amostras de café torrado e moído, de 21 marcas, no período de setembro/96 a março/97, em estabelecimentos industriais e comerciais da Região de São José do Rio Preto/SP. As amostras foram analisadas para: a) determinação e quantificação de impurezas (cascas e paus), utilizando o método descrito nas Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz; b) identificação de elementos histológicos estranhos (fraudes) realizada pelo método descrito na Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz e através do método de descoramento e hidrólise alcalina e c) determinação de matérias estranhas pelo método descrito na Association of Oíficial Analytical Chemists - 1995. Os resultados mostraram que 79,3% das amostras estavam em desacordo com a legislação de alimentos vigente, sendo que 60,3% continham matérias estranhas, 18,2% apresentaram simultaneamente matérias estranhas e impurezas> 1% e 0,8% impurezas> 1% (acima do limite tolerado). Quanto a matérias estranhas, fragmento de inseto foi a mais detectada, com o maior percentual de amostras (33,8%) apresentando até 5 fragmentos e valor máximo encontrado de 69 fragmentos. Para impurezas, o valor máximo detectado foi de 7%. Em relação a fraudes, o método proposto de clareamento e hidrólise alcalina da amostra mostrou-se mais eficiente que a penei ração atualmente utilizada. Na análise dos rótulos das embalagens de café, 14 das 21 marcas colhidas apresentaram os dizeres obrigatórios definidos na legislação, porém em 2 delas constavam 2 números de registro no Ministério da Saúde; 4 marcas não apresentaram data de fabricação/prazo de validade e/ou a expressão "Indústria Brasileira" e 1 marca não continha o número de registro.

https://doi.org/10.53393/rial.1998.57.36621
pdf

Referências

1. ALVES, G.; CAMPOS, e.M.T.; MORETTO, E.; PHILIPPI, J.M.S.; ARCHER, R.M.B.; GOULART, R.; GOULART, M.M. - Controle de qualidade dos cafés comercializados em Santa Catarina no segundo semestre de 1986. Boi.
Bromasc, 1(2): 72-80, 1989.

2. ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS INTERNATIONAL. - Official methods of analysis, 16° cd. Washington, De., 1995, p. 7.

3. BERQUÓ, E.S.; SOUZA, J.M.P. & GOTLIEB, S.L.D. - Bioestatistica, São Paulo, EPU, 1981, p.98-106.

4. BRASIL. Leis, etc. - Decreto n" 986 de 21 de outubro de 1969. Diário Oficial, Brasília, Ministério da Saúde, 21 out. 1969, Seção I, p. 8935.

5. BRASIL. Leis, etc. - Resolução n° 12/78. Diário Oficial, Brasília, 24 juI. 1978, Seção I, pt. 1, p. 11509. Aprova Normas Técnicas Especiais relativas a alimentos e bebidas.

6. BRASIL. Leis, etc. - Lei n° 8.078 de 11 de setembro de 1990. Diário Oficial, Brasília, 12 set. 1990, Seção L Dispõe sobre a proteção do Consumidor e dá outras providências.

7. GALLO, D.; NAKANO, O.; SILVEIRA, N.S.; CARVALHO, R.P.L.; BATISTA, o.c., BERTI FILHO, E.; PARRA, J.R.P.; ZUCCHI, R.A.; ALVES, S.B.; VENDRAMIM, J.D. - Manual de entomologia agrícola, 2° ed. São Paulo, Ceres, 1988,348-58.

8. JARDINI, J.G. - Redução da viscosidade de extrato de café por processo cnzimático. 1991. [Tese de Doutorado - Fac. de Engenharia de Alimentos, UNICAMP].

9. LOPES, F'C. - Determinação de sedimento, cascas e paus no café torrado e moído. Rev. Inst. Adolfo
Lutz, 34: 29-34, 1974.

10. MENEZES JR, J.B.F. - Sobre um método microscó-
pico para contagem de cascas no café em pó. Rev. lnst. AdolfoLutz, 11: 13-47, 1951.

11. MENEZES JR, J.B.F. - Fraudes do café. Rev. Inst. AdolfoLutz, 12: 111-144, 1952.

12. PEDRO, N.A.R.; BADOLATO, M.Le.; FREITAS, v.P.S.; CHIARINI, P.F.T. - Avaliação da qualidade do café torrado e moído processado na região de Campinas, Estado de São Paulo. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 56: 113-17, 1996.

13. SÃO PAULO. (Estado). Leis, etc. Decreto nO12.486 de 20 de outubro de 1978. Diário Oficial, São Paulo, 21 out. 1978, p. 1. (NTA- 44). Aprova Normas Técnicas Especiais relativas a alimentos e bebidas.

14. SÃO PAULO - Instituto Adolfo Lutz - Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz. vol. 1: métodos químicos e físicos para análise de alimentos, 3° ed. São Paulo, 1985, p. 193-5.

15. STASNY, J.T. et a!. - Identification of foreign matter in foods. Scan. Electron. Microsc., 3: 599-610, 1981.

16. VAZQUEZ, A.W. - Structure and identification of common food-contaminating hairs. J. Assoe. Anal. Chem., 44: 754-79, 1961.

17. ZAMBONI, C.Q.; ALVES, H.I.; SPITERI, N.; RODRlGUES, R.M.M.S.; JORGE, L.I.F.; ATUI, M.B.; PEREIRA, D.; SANTOS, M.e. - Manual de análise microscópica de alimentos, São Paulo, 1986,80 p. [Mimeografado].

18. ZAMBONI, c.o., SPITERl, N. & LOPEZ, r.c. - Matérias estranhas e fraudes em café torrado e moído. Resumos, VII Encontro Nacional de Analistas de Alimentos, São Paulo, 1991, p.37.

19. ZAMBONI, C.Q.; ALVES, H.I.; JORGE, L.I.F.; ATUI, M.B.; NOGUEIRA, M.D.; CORREIA, M.; SPITERI, N.; RODRIGUES, R.M.M.S. - Métodos de análise microscópica de alimentos. Parte I: Isolamento de elementos histológicos. Em publicação.

20. ZUCCHI, R.A.; SILVEIRA NETO, S. & NAKANO, O. - Guia de identificação de pragas agrícolas, Piracicaba, FEALQ, 1993. p. 9.
Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 1998 Rejane Alexandre Silva Graciano, Aparecida Klai Ribeiro, Tereza Cristina Castilho Gorayeb, Marlene Correia

Downloads

Não há dados estatísticos.