Incorporação experimental de Vibrio cholerae O1 não toxigênico em ostras (Crassostrea brasiliana), vivas1
pdf

Palavras-chave

Ostras
contaminação laboratorial
Incorporação de V. cholerae em ostras

Como Citar

1.
Scala Gellf D, Jakabi M, Rodrigues de Moraes I, del Mastro N. Incorporação experimental de Vibrio cholerae O1 não toxigênico em ostras (Crassostrea brasiliana), vivas1. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 30º de dezembro de 1999 [citado 29º de abril de 2024];58(2):33-7. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/36690

Resumo

As ostras são moluscos bivalves que, com freqüência, são consumidas cruas. Podem ser objeto de processos de depuração (descontaminações físicas e químicas), pois este hábito de consumo está associado a eventos de doenças transmitidas por alimentos em vários países. No presente trabalho, foram realizados testes para verificar a possibilidade de contaminação de ostras em laboratório, com o objetivo de estabelecer modelo para avaliações de processos de depuração. As ostras foram mantidas vivas em água do mar previamente ozonizada. Foi procedida a contaminação da água com Vibrio cholerae EI Tor 01 não toxigênico. Foram realizadas determinações analíticas da água e das ostras imediatamente após e depois de 2, 4, 12, 18 e 24 horas da contaminação. Após 2 horas, as ostras apresentaram positividade para o V. cholerae usado no experimento, em até a diluição 107, igual ao número inicial de células viáveis imediatamente após a contaminação. Os níveis de presença da cepa testada manteve-se elevada, tanto na água como nas ostras, durante todo o período de observação (até a diluição 109 na água e 108 nas ostras). Os resultados obtidos indicam que este método é útil, pois permite a manutenção da viabilidade das ostras. A avaliação da eficácia e eficiência de processos tecnológicos de depuração (descontaminação), como o uso de ozônio e de radiação ionizante, pode ser conduzi da, mantendo os parâmetros reais, inclusive com a presença da microbiota autóctone destes moluscos. A comparação das diluições positivas no decorrer do experimento, demonstram que a cepa adaptou-se às condições do experimento, apresentando inclusive multiplicação. Foram realizados três testes independentes (triplicata), para observar possíveis variações na incorporação da cepa.

https://doi.org/10.53393/rial.1999.58.36690
pdf

Referências

1. APHA - American Public Health Association. Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods. 3th. ed. Carl Vanderzant &
Don F. Splittstoesser, editores. p. 791.1992.

2. COOK, D.W. and RUPLE, AD. Indicator bacteria and Vibrionaceae multiplication in postharvest shellstock oysters. J. Food Protect. 52:343-349. 1986.

3. ELLIOT, E.L.; KAYSNER, e.A; TAMPLIN, M.L. Vibrio cholerae, V. parahaemolyticus, V. vulnificus and others Vibrio spp. In Bacteriological Analytical Manual, F.D.A 7th.Ed. 1992. Publicado e distribuído por AOAC International, Arlington, VA.

4. ICMSF - lnternational Commission on Microbiological Specifications for Foods. Microbial Ecology of Foods, vol. 1. Factors Affecting Life and Death of Microorganisms. Academic Press. London and N.York. 1980.

5. INSTITUTE OF MEDICINE. Committee on Evaluation of the Safety of Fishery Products. Sea Food Safety. Farid E. Ahmed, editor. National Academic Press. Washington, D.e. Capo 2,3,4 e 6. 1991.

6. JAY, J.M. Modern Food Microbiology. 4th. Ed. Chapman & HaIl. N.York and London. p.297-300 e 342. 1992.

7. KLONTZ, x.c., TAUXE, R.Y.; COOK, W.L.; RILLEY, W.H.; WACHMUTH,K. ChoIera after the consumption of raw oysters. Annals of International Medicine, v.107, p. 846, 1987.

8. OPS-OMS/IAEA-FAO-ONU. Informe final. Consulta técnica conjunta FAO/IAEA/OPS-OMS sobre el uso de irradiacion corno medida de intervencion de salud publica para el control de enfermidades transmitidas por alimentos en Latino America y El Caribe. HPV/FOS/126/92. 1992.

9. RICHARDS, G.P Microbial purification of shellfish: A review of depuration and relaying. 1. Food Protect. 51:218-251. 1988.

10. RUBlO, T.C. Uso de Ia irradiacion como medida de intervencion para controlar enfermidades transmitidas por alimentos en Latino America y El Caribe. 20. Informe del Contracto de Investigacion 778I/RB, IAEA (International Atomic Energy Agency)/Chile. Abril, 1997.

11. UNIVERSITY OF ADELAIDE, Australia. Algal Toxins in Seafood and Drinking Water. Ian R. Falconer, editor. Academic Press. 1993.

12. VARNAM, A.H. & EVANS, M.G. Foodborne Pathogens - an Illustrated Text. Wolfe Publishing. p.176-177. 1991.

13. WOOD, PC. The principIes and methods employed for the sanitary control of molluscan shellfish. Technical Conference on Marine Pollution and its Effect on Living Resources and Fishing. MP/70/R12. WHO/FAO. 1970.
Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 1999 Dilma Scala Gellf, Miyoko Jakabi, Ivany Rodrigues de Moraes, Nélida del Mastro

Downloads

Não há dados estatísticos.