Hemoparasitas de aves capturadas em duas regiões do Estado de São Paulo, Brasil
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Palavras-chave

aves silvestres, hemoparasitismo
parasitas (hemoparasitas), em aves silvestres, São Paulo, Brasil

Como Citar

1.
Dias RMDS, Chieffi PP, Tolezano JE, Lupetti N. Hemoparasitas de aves capturadas em duas regiões do Estado de São Paulo, Brasil. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 29º de junho de 1984 [citado 15º de novembro de 2024];44(1):41-6. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/36825

Resumo

Examinaram-se esfregaços de sangue de 256 exemplares de aves capturadas vivas em duas estações de campo mantidas pelo Instituto Adolfo Lutz, para fins de vigilância epidemiológica nos municípios de Iguape e Itapetininga, no litoral e interior do Estado de São Paulo, respectivamente. Após captura com rede apropriada, as aves eram classificadas, sangradas, identificadas com anel metálico e, a seguir, soltas novamente em seu habitat natural. Das 256 aves capturadas, 252 pertenciam à Ordem Passeriforme e apenas 4 foram classificadas como Columbiformes. De cada ave preparou-se um esfregaço de sangue que, após fixação com metanol, foi corado pela técnica de Giemsa. Em 35 (13,7%) dos esfregaços examinados encontraram-se uma ou mais espécies de hemoparasitas. Plaemodium. sp, foi o parasita mais freqüente, ocorrendo em 16 aves (6,2%); microfilárias foram diagnosticadas em 12 aves (4,7%); Trypanoso?na sp. em 5 aves (2,0%); Haemoproteus sp. em 3 aves (1,2%) e gametócitos de Leucocytozoon sp. foram encontrados parasitando apenas uma das aves examinadas (0,4%). Notou-se tendência a encontro mais freqüente de microfilárias nas aves originárias do município de Itapetininga. Para as demais espécies de hemoparasitas, não se verificaram diferenças significativas nas taxas de freqüência conforme o local de captura das aves.

https://doi.org/10.53393/rial.1984.44.36825
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Copyright (c) 1984 Rosa Maria Donini Souza Dias, Pedro Paulo Chieffi, José Eduardo Tolezano, Norival Lupetti

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