Resumo
Foram selecionados, pelo método de Papanicolaou, esfregaços cervicais e vaginais sugestivos de infecção por Chlamydia trachomatis, para confirmação da infecção em colheita subseqüente, por um método mais especifico como a imunofluorescência, cuja aplicação não é prática em todos os casos, devido ao custo e tempo empregados. Foi utilizada uma amostragem de 40.000 esfregaços cervicais e vaginais que foram corados pelo método de Papanicolaou. Utilizando critérios morfológicos padronizados, foram detectados 97 (0,30/0) casos sugestivos de infecção por C. trachomatis. Destes, selecionaram-se para repetição de colheita 41 pacientes. Duas lãminas foram preparadas: uma corada pelo método de Papanicolaou e outra submetida à reação de imunofluorescência direta. Dos 41 casos, 27 (66%) foram positivos pela imunofluorescência, sendo que destes 27 casos, 19 permaneceram sugestivos pelo método de Papanicolaou e 10, não. Os restantes 14 casos foram negativos peia imunofluorescência, sendo que 4 permaneceram sugestivos pelo método de Papanicolaou e 10, não. Concluiu-se que os critérios morfológicos identificáveis pelo método de Papanicolaou foram importantes no rastreamento de C. trachomatis, permitindo detectar casos que, submetidos à imunofluorescência, mostraram um bom índice (66%) de confirmação.
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Copyright (c) 1987 Marina Yoshiê Sakamoto Maeda, Maria José Cavalieri, Lai Wun Song Shih, Luzia Setuko Umeda Yamamoto