Resumo
No trabalho focaliza-se primeiramente o conceito do "tamanho normal" das partículas e em seguida discute-se a relação existente entre o método da preparação e o comprimento das partículas virais. Preparações obtidas por métodos relativamente brandos ("dipping", exsudaçâo) , quando observadas ao microscópio eletrônico contêm maiores porcentagens de partículas longas que preparações obtidas por métodos que envolvem grandes tensões mecânicas (ultracentrifugação, ultra-som, temperatura elevada) . Estas apresentam maior porcentagem de partículas pequenas, consistindo de bastonetes aproximadamente do mesmo comprimento. Isso está de acôrdo com a hipótese de que as partículas curtas, encontradas em preparações que envolvem tensões, são fragmentos das partículas longas. O tamanho uniforme dos fragmentos curtos sugere a ocorrência de pontos fracos nas partículas longas nas quais, sob tensão, a quebra poderia ocorrer. Tais observações são consideradas neste trabalho como provas indiretas da ocorrência de "pontos de quebra preferenciais" das partículas virais. Finalmente são aduzidas observações da microscopia eletrônica a respeito de particulas chamadas "descontinuas". isto é, em vias de ruptura. A ocorrência de tais partículas "descontínuas" e a relacão existente entre o tamanho dos fragmentos são consideradas neste trabalho como provas diretas da existência de "pontos de quebra preferenciais" das partículas longas.
Referências
2. BRANDES, J. S. & WETTER, C. - Classification of elongated plant víruses on the basis of particle morphotogy. Virology, 8: 59-115. 1959.
3. BURGI, E.; HERSHEY, A. O. & INGRAHAM, L. - Preferred breakage points in T, DNA molecules subjected to shear. Virology, 28:11-4, 1966.
4. CHICO, A. W. & GUTHRIE, J. W. - Changes in potato virus X particle length f'ol lowin g purification by differential centrifugation. Phytopathology, 59:1021.
5. DE MONTGREMIER, H. A.; GRABAR, F. & CROISSANT. O. - Actíon des ultrasons sur des suspensions de vírus X. C . R. Acad. Sci. Paris,238(6) :722-4, 1954.
6. FRANCKI, R. I. B. - Some factors affecting particle length distribution In tobacco mosaic vírus preparations. Virology, 30 (3) :388-96, 1966.
7. HIDAKA, Z. & KIRIYAMA, K. - Studies on the types ot inactivation of purified tobacco mosaic virus. Experiments wtth temperature, sonic waves, formalin, extract from Phytolacca americana and buku Iin extract from Pachnmui h.oelen,
ViniS [Kyoto Univ.] 3(1) :30-50, 19·53. Resumo em Rev. Appl. Myc., 35(4):240, 1956.
8. INGRAM, V. M. - The biosynthesis o] macromolecu les. 2. ed. New Yory, W. Ar. Benjamin, 1956. 223 p.
9. KANNGIESSER, W. & DEUBNER, R. Elektronenmikroskopische Aufnahmen von Kartoffel - X - Virus in gefriergetrocknetem 'I'aba krohsa tt. NatnTwissens-cnatten, 4,0(160) :442-3, 1953.
10. KASSANIS. B. & McCARTHY, D. - The quality of virus as affected by the ambient temperature. J. ce«. Virol. 1(4):
425-40. 1967. Resumo em Rev. Appl. Mycol. 4,7:84, 1968.
11. LEE, P. E. _ Partial purification of wheat striate mosaíc vírus and fine structural studies of the vírus, Firology, 34 :583-9, 1968.
12. McLAREN, A. D. & KLINKOWSKI, A. Some gross changes in particles of tobacco mosaic virus caused by lar ge doses of ultraviolet radiation. J. Gen. Vir., 1: 391-4, 196",.
13. OLIVEIRA, A. R. - Sorologia aplicada ao estudo do virus do anel do pimentão. Campinas. S.P., Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", 1967. 40 p. Tese [dout.] Univ. S. Paulo.
14. ONDA, H.; TANIGUCHI, T. & MATSUI, C. - Polar stripping of tobacco mosaic vírus by alcali. Virology, 4,2:551-3, 1970.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 1971 Karl Martin Silberschimidt, Dalton Ramalho Weigl, Therezinha Apparecida Salomão