Resumo
Um paciente procedente da Amazônia, Brasil, seringueiro, portador de uma forma branqueada de hanseníase, tratado com sulfonas, tendo como seqüelas lesões distróficas das extremidades e manchas hípocrômícas, com perturbações da sensibilidade, apresentou no hipocôndrio esquerdo uma lesão verrucosa extensa, com 'evolução de mais de 10 anos, rebelde aos tratamentos feitos. Foram feitas biópsias para esclarecimento histopatológico da doença, tendo-se concluído tratar-se de der-
matite verrucosa cromomícótíca, com presença dos fungos bem caracterizados pelas colorações de rotina, e histoquímicas. A cultura do material obtido da lesão em meio ágar-Sabouraud deu crescimento a colônia gigante com as características típicas do gênero Phialophora: hifas septadas e conidióforos com morfologia de taça. O tratamento, na falta de 5-fluorocitosina, foi feito com infiltrações de anfotericina B, associada a ioclureto de sódio, endovenosamente, estando a lesão em plena regressão. Os exames histopatológicos das lesões díscrômícas mostraram apenas infiltrado linfoplasmocitário e ausência de bacílos álcoolácido resistentes íntegros.
Referências
2. ESTADOS UNIDOS. Armed Forces Institute of Pathology. Manual 01 histologic and special staining tecnics. Washington, D. C., 1957. p. 177.
3. Ibid. p. 190-1.
4. LACAZ, C.S. - Manual de micologia médica. 3. a ed. rev. ampl. Rio de Janeiro, Atheneu, 1960. p. 352-68.
5. TIBIRIÇÁ, P. Q. T. - Anatomia patológica da dermatite verrucosa cromomicótica. São Paulo, 1939. [Tese livre-doc. - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo].
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Copyright (c) 1975 Evandro Pimenta de Campos, José Marcelo de Motta Guerra, Miécio Martiniano de Azevedo, Hassib Ashcar, Adriana Manginelli Massignani, Januário Delle Cave