PROGRAMA ESTADUAL DE MONITORAMENTO DA ÁGUA TRATADA PARADIÁLISE
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Como Citar

1.
Almodovar A, Bugno A, Pereira T, Buzzo M, Silva F, Rocha A, Saes D. PROGRAMA ESTADUAL DE MONITORAMENTO DA ÁGUA TRATADA PARADIÁLISE. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 23º de novembro de 2012 [citado 18º de julho de 2024];71(Suplemento 1):P-124. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/39406

Resumo

A hemodiálise consiste de procedimento terapêutico para pacientes portadores de insuficiência renal crônica, como com a perda progressiva e irreversível da função dos rins. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia há progressão anual na ordem de 8% no número destes pacientes, sendo 90% em hemodiálise. Estes pacientes são submetidos a três sessões semanais e expostos a aproximadamente 120 Lde água tratada a cada sessão. A qualidade da água utilizada na diálise é o principal fator de risco associado ao tratamento, por depender da fonte de abastecimento e do sistema de tratamento de água utilizado pelo Serviço de Diálise. O Programa Estadual de Monitoramento da Qualidade de Água Tratada para Diálise, realizado em conjunto com Instituto Adolfo Lutz, Centro de Vigilância Sanitária e equipes de Vigilância Sanitária foi delineado para avaliar a qualidade da água tratada nas clínicas de diálise do Estado de São Paulo, considerando os parâmetros de qualidade estabelecidos pela Resolução RDC n° 154/2004. Este Programa de Monitoramento iniciou em 2000, com aproximadamente 36,9% das clínicas analisadas  consideradas insatisfatórias com relação a algum parâmetro de qualidade; no período entre 2008 e 2011, observamos a diminuição na porcentagem de clínicas insatisfatórias: 26,1% em 2008, 22,2% em 2009,11,5% em 2010 e 9,5% em 2011. Considerando os parâmetros de qualidade, verificamos predomínio de resultados insatisfatórios quanto à qualidade microbiológica – 10,3% de amostras insatisfatórias em relaçãoà contagem de bactérias heterotróficas e 6,6% em relação à detecção de endotoxinas bacterianas e, em relação à qualidade físico-química da água, 2% de amostras foram insatisfatórias. Estes resultados reforçam a necessidade de programas de monitoramento como importantes instrumentos de ação sanitária para garantir a prática de rotinas de manutenção nos sistemas de tratamento e distribuição da água tratada para diálise, com vistas à prevenção de riscos associados ao tratamento dialítico.

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Copyright (c) 2012 AAB Almodovar , A Bugno , TC Pereira, ML Buzzo , FPL Silva , A Rocha , DPS Saes

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