Resumo
As principais causas da deterioração dos produtos de tomate estão ligadas à matéria prima utilizada, nas boas práticas de fabricação ou condições de armazenamento. Dentre as matérias estranhas encontradas neste tipo de produto estão os insetos (ovos, larvas ou seus fragmentos) e pelos de roedor. O objetivo deste trabalho foi avaliar a presença de matérias estranhas em produtos de tomate (tomate pelado, extrato, polpa, purê, catchup e tomate seco) comercializados no Estado de São Paulo. As análises foram realizadas no Núcleo de Morfologia e Microscopia do Centro de Alimentos do Instituto Adolfo Lutz - Central no períodode 2005 a 2010. Foram avaliadas 116 amostras sendo 64 molhos, 19 catchup, 16 polpas, 09 extratos, 01purê, 03 tomates pelados e 04 tomates secos. Para a pesquisa de matérias estranhas dos produtos foram utilizados métodos oficiais da AOAC, com modificações, exceto para tomate pelado e tomate seco que o método foi do manual de procedimentos macroanalíticos do FDA. Para contagem de fragmentos de insetos (fi) 97% das amostras ficaram no intervalo de 0 a 5 fi; 2% entre 6-10 fi e 1% entre 11 e 15 fi. Em 2% das amostras foram detectados pelo de roedor que foram consideradas insatisfatórias e impróprias ao consumo.Os resultados analíticos demonstram que os produtos derivados de tomate, apresentaram uma boa qualidade diante dos parâmetros exigidos na RDC nº 175/2003 e a Portaria n° 326/1997. Concluímos então, que as Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos vêm sendo aplicadas com resultados satisfatórios demonstrando o comprometimento de todos os profissionais envolvidos na produção destes produtos alimentícios com a legislação vigente e comprometimento social com a Saúde Pública.

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