Resumo
A Organização Mundial da Saúde tem instituído e promovido formas de se prevenir e controlar as infecções através das mãos. A Resolução RDC nº42/2010, dispõe sobre a obrigatoriedade da disponibilização de preparações alcoólica para fricção antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde, repartições públicas e escolas no País e a Resolução RDC/MS 211/2005, classifica estes produtos como de Risco 2, ou seja de registro obrigatório na ANVISA e devendo comprovar sua eficácia antimicrobiana. O presente estudo objetivou avaliar a aceitação do uso de álcool gel na higienização das mãos, comparando o produto tradicional e outro modificado pela adição de extrato alcoólico de manjericão. O manjericão é uma erva aromática, cujas propriedades advêm do óleo essencial, que possuí em sua constituição linalol, em relatos na literatura demonstram sua utilização na culinária, mas também como fungicida, acaricida e bactericida. Nas formulações verificaram-se os parâmetros físico-químicos, atividade antisséptica e a aceitação sensorial. Para o ensaio físico-químico foi avaliado o teor de álcool etílico. A atividade antisséptica foi realizada conforme preconiza a NF-EM-1040/2006 (Quantitative suspension test for the evaluation of basicbactericidal activity of chemical disinfectants and antiseptics). No teste afetivo empregou-se escala hedônica e escala de atitude de uso. Observou-se que os teores alcoólicos das formulações estavam conforme as exigências mínimas estabelecidas pela legislação, na concentração final de 70%. A atividade antisséptica apresentou o mesmo nível de redução logarítmica para as duas formulações. Não houve diferença significativa (p>0,05) entre atributos sensoriais considerados no teste hedônico. Quanto à intenção de uso o produto modificado apresentou maior nota e ligeira diferença significativa (p<0,05) em relação ao tradicional. Ambas as formulações estavam em conformidade com as legislações e igualmente aceitáveis do ponto de vista do consumidor.

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