PERFIL DE IDENTIFICAÇÃO DE MICOBACTERIAS NO ESTADO DE SÃO PAULO (2008-2009)
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Como Citar

1.
Simeão F, Ueki S, Lemes R, Giampaglia C, Martins M, Oliveira R, Moniz L, Telles M, Ferrazoli L, Chimara E. PERFIL DE IDENTIFICAÇÃO DE MICOBACTERIAS NO ESTADO DE SÃO PAULO (2008-2009). Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 22º de outubro de 2009 [citado 18º de julho de 2024];68(Suplemento 1):BM-142. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/39848

Resumo

As doenças causadas pelas micobactérias não tuberculosas (MNT) estão aumentando mundialmente, e manifestações anteriormente não reconhecidas estão sendo identificadas. O aprimoramento das técnicas laboratoriais está permitindo a identificação mais precisa das MNT, como também o reconhecimento de novas espécies, auxiliando o clínico na conduta terapêutica mais adequada. Com o objetivo de quantificar e qualificar a magnitude dessas doenças, foram levantados os dados das culturas de micobactérias recebidas no Instituto Adolfo Lutz, no período de Janeiro de 2008 a Abril de 2009, por meio de análise de banco de dados eletrônico. Neste período foram processadas 5.502 amostras, dentre as quais 3.967 (72%) foram identificadas como pertencentes ao complexo M. tuberculosis e 1.056 (19,19%) como MNT. As demais culturas apresentaram: contaminação (346-6%), material insuficiente (23-0,39%), outra espécie de bactéria (3-0,05%), ausência de crescimento após repique (61-1,10%), cultura mista (6-0,10%), identificação inconclusiva (3-0,05%) e ausência de crescimento no teste (37-1%). As espécies de MNT mais frequentes foram M. avium (209-3,80%), M. kansasii (139-2,50%), M. gordonae (90-1,63%), M. fortuitum (61-1,10%), M. abscessus / M. bolletii
/ M. massiliense (53-1%) e M. abscessus (52-1%). Duzentos e trinta culturas apresentaram resultados que não puderam ser identificados até o nível de espécie e foram agrupadas: 75 (1,40%) micobactérias de crescimento lento acromógena, 63 (1,14%) micobactérias de crescimento rápido acromógena, 56 (1,01%) micobactérias de crescimento lento escotocromógena, 29 (0,52%) micobactérias de crescimento lento fotocromógena, 6 (0,10%) micobactérias de crescimento rápido escotocromógena e 1 (0,01%) micobactéria de crescimento rápido fotocromógena. Também foram isoladas espécies com percentual menor que 1% e espécies mais raras, com um isolamento. Um total de 2.943 (53,49%) culturas foi recebido da Grande São Paulo, 2.098 (38,13%) do Interior, 284 (5,16%) do Litoral, 177 (3,21%) de outros estados. Quanto ao sexo, 4.075 (74,07%) são pacientes masculinos, 1.405 (25,54%) femininos e 22 (0,39%), sexo ignorado. Comparando com estudos anteriores as espécies mais frequentes permanecem as mesmas porém com alterações na porcentagem de isolamento.

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Copyright (c) 2009 FCS Simeão, SYM Ueki, RA Lemes, CMS Giampaglia, MC Martins, RS Oliveira, LL Moniz, MAS Telles, L Ferrazoli, E Chimara

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