Monitoramento laboratorial da Dengue através de tecidos parafinizados por RT-qPCR
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Palavras-chave

Inclusão em Parafina
Infecção pelo Vírus da Dengue
Vigilância de Óbitos

Como Citar

1.
Araújo LJT de, Ferreira CS da S, Cirqueira C dos S, Oliveira ID de, Nascimento J de BF, Takahashi JPF, Kimura LM, Guerra JM. Monitoramento laboratorial da Dengue através de tecidos parafinizados por RT-qPCR. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 3º de novembro de 2024 [citado 22º de janeiro de 2025];83:e40602. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/41373

Resumo

São Paulo enfrenta uma situação preocupante em relação à dengue, caracterizada por uma alta incidência de casos e a presença constante do vírus. O Centro de Patologia do Instituto Adolfo Lutz (IAL) é referência macrorregional para a investigação de óbitos suspeitos de infecção por arbovírus. Este estudo tem por objetivo, avaliar o desempenho da metodologia de RT-qPCR aplicada a fragmentos de tecidos parafinados. Entre março e junho de 2024 foram submetidos à análise histopatológica, e complementada por RT qPCR (ensaio previamente padronizado e validado), 275 fragmentos de fígado e/ou baço (F = 146; 0-97 anos), fixados em formalina e incluídos em parafina, recebidos de 36 municípios de São Paulo e de São Luís do Maranhão. Oito casos apresentaram amostras inadequadas para análise. Quatro casos recebidos do Maranhão foram negativos. Em 39,3% dos casos (n = 108; 5-91 anos) foi identificado o vírus da Dengue por RT qPCR, sendo os sorotipos Denv-1 (n = 51) e Denv-2 (n = 54) mais prevalentes, e apenas três casos positivos para Denv-3. As localidades com maior concentração de casos positivos foram Campinas (n = 19) e Guarulhos (n = 18) onde prevaleceu o sorotipo Denv-2 (n = 13), e Santos (n = 14), onde Denv-1 (n = 9) foi maioria. Dos positivos, 54,6 (n = 59) não possuía nenhum outro tipo de amostra disponível. Em 16,6% (n = 18) dos casos positivos, não foi possível a identificação do vírus em amostras de sangue pareadas (PCR e sorologia  IgM). A detecção post mortem do vírus da dengue, através da análise de tecidos parafinados, é de extrema relevância para a vigilância epidemiológica, pois oferece uma visão abrangente do impacto da doença na população. O tecido parafinado é uma fonte importante de material genético preservado e, muitas vezes, a única disponível para análise.

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Copyright (c) 2024 Leonardo José Tadeu de Araújo, Camila Santos da Silva Ferreira, Cinthya dos Santos Cirqueira, Isabelle Dias de Oliveira, Jessica de Brito Ferreira Nascimento, Juliana Possato Fernandes Takahashi, Lidia Midori Kimura, Juliana Mariotti Guerra

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