Abstract
Foram examinadas 252 amostras de vegetais frescos encontrados à venda, em diferentes mercados da capital do Estado de São Paulo. Foram examinadas 18 variedades diferentes de vegetais frescos. Não foi encontrada nenhuma correlação entre variedades do vegetal e a frequência qualitativa ou quantitativa dos germes do grupo coliforme. Não foi verificada nenhuma correlação entre a proveniência do vegetal fresco e seu teor em germes do grupo coliforme. O fato de o vegetal crescer dentro da terra, sobre a terra ou sem contato com a terra, não influiu sobre o seu teor em germes do grupo coliforme. A presença da Escherichia coli foi constada em 74 das 252 amostras analisadas, ou seja, em 29,3%. A presença da Escherichia freundii foi constada em 86 das 252 amostras analisadas, ou seja, em 34,1%. A presença do Aerobacter cloacae foi constada em 83 das 252 amostras analisadas, ou seja, 32,9%. A presença do Aerobacter aerogenes foi constada em 119 das 252 amostras analisadas, ou seja, em 47,2%. Esta maior porcentagem é devida ao fato deste germe ser o mais constante nas análises de terra. A porcentagem de E. coli encontrada nos vegetais frescos vendidos nos mercados de S. Paulo é menor do que a porcentagem referida pelos autores norte americanos. A presença de protozoários foi constada em 10 amostras das 252 analisadas, ou seja, em 13,3%. É baixa a porcentagem de vegetais contendo protozoários, em relação à alta porcentagem da presença desses microrganismos encontrados nos exames das fezes dos habitantes da Capital de São Paulo. Não foi constada a presença de germes do grupo tífico-paratífico nos vegetais frescos examinados. As amostras no gênero Salmonella, isoladas, demonstraram pertencer a espécie não classificáveis, provavelmente apatogênicas. No estudo comparativo dos 3 meios de cultivo utilizados no decorrer dessas provas - verde brilhante, caldo ricínoleato e caldo "standard" - o meio de verde brilhante apresentou resultados uniformemente mais constantes.
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