Abstract
A situação do Brasil, mau grado o desejo de progresso que animava a nova república sul-americana não era das mais auspiciosas ao findar o século XIX e nos primeiros albores do novo século. Tôdas as aspirações de melhoria esbarravam num obstáculo de primeira grandeza: o estado sanitário do país. A agricultura, privada do braço escravo pela Lei Áurea, tinha necessidade imprescindível da imigração, não somente para progredir, como para a simples sobrevivência; o comércio sentia a sua expansão irremediàvelmente entravada e o Brasil tinha os seus portos mais importantes na lista negra da navegação das grandes nações. Estendia-se sôbre as suas formosas plagas a sombra escura das endemias e, como nos portos do Oriente, a peste, a cólera, e, além disso a febre amarela, apavoravam os que se viam na contingência de aqui apertar e afugentavam os que em outras circunstâncias desejariam fazê-lo. [...]This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 1950 Instituto Adolfo Lutz Journal
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