Abstract
Governada, durante dilatados anos, por um Imperador culto e magnânimo, e agitada, na última quadra de seu govêrno, pelas consequências da abolição da escravatura, a que logo se seguiu o movimento republicano, a Nação Brasileira viu-se envolvida em gravíssíma crise económica no último período do século passado. A falta de braços que resultou da emancipação dos escravos só começou a ser corrigída após o estabelecimento das correntes imígratórias do sul da Europa, as quais, além de nos trazerem novas técnicas para o amanho do solo, aqui introduziram sangue novo. E foi êsse sangue do ádvena, que se não achava imune aos ataques dos germes de muitos dos males que entre nós eram correntes ou sorrateiros, lavravam de maneira endémica, o elemento que, propicíando a exaltação de virulência de micróbios morbigênicos, acabou facilitando o aparecimento de vários surtos de graves epidemias. De seu lado, essas correntes imigratórias, contribuindo para o incremento do comércio internacional, também concorreram para a penetração de outros factores de agravamento de nossas condições sanitárias.This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 1955 Instituto Adolfo Lutz Journal
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