Abstract
A dengue tornou-se a arbovirose mais importante em humanos, quanto à morbidade e mortalidade. O vírus da dengue pode ser detectado no soro dos pacientes na fase aguda da doença, por meio da captura do antígeno NS1. O objetivo deste estudo foi avaliar os métodos de teste rápido imunocromatográfico e o imunoenzimático, quanto ao índice de positividade em relação ao dia de coleta e identificar o sorotipo circulante na região. No período de 01 de março a 11 de junho de 2009 foram coletadas 1.446 amostras de sangue, atendendo critérios de suspeita de dengue, em unidades de saúde de São José do Rio Preto (SJRP) e região, e encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz (IAL- SJRP) para diagnóstico laboratorial. Foi utilizado o Kit BIO-RAD Dengue-NS1 Ag STRIP para o teste rápido e o Panbio Early para Enzime Linked Immuno Sorbent Assay (ELISA). As amostras reagentes no teste rápido foram encaminhadas ao IAL - São Paulo para isolamento e identificação do sorotipo circulante e os dados sobre as amostras foram extraídos do Sistema de Informação e Gestão Hospitalar (SIGH). Dos 464 exames realizados pelo método de imunocromatografia, 342 (73,7%) foram não-reagentes e 122(26,3%) reagentes. Pelo método imunoenzimático, foram analisadas 982 amostras sendo 716 (72,9%) nãoreagentes, 263 (26,7%) reagentes e 3 (0,3%) inconclusivas. Foi observada, nas duas metodologias, maior positividade nas amostras coletadas no segundo dia após o início dos sintomas. Foi possível a identificação dos sorotipos circulantes, por isolamento viral em cultura de células e imunofluorescência em 18 municípios, com predomínio do sorotipo 1 (93,8%). Os resultados demonstraram que as análises realizadas entre os dois métodos não apresentaram discrepâncias. O diagnóstico precoce da dengue permite ampliação das ações de controle vetorial e, é uma importante ferramenta para identificação de possíveis casos hemorrágicos, contribuindo para a diminuição das complicações e letalidade da doença.
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