ASPECTOS SOROEPIDEMIOLÓGICOS DA ESQUISTOSSOMOSE NO MUNICÍPIO DE PINDAMONHANGABA, SP, BRASIL
pdf (Português (Brasil))

How to Cite

1.
Capuano D, Silva A, César M, Marson F, Kanamura H. ASPECTOS SOROEPIDEMIOLÓGICOS DA ESQUISTOSSOMOSE NO MUNICÍPIO DE PINDAMONHANGABA, SP, BRASIL. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 2023 Jul. 19 [cited 2024 Jul. 19];68(Suplemento 1):BM-12. Available from: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/39414

Abstract

A esquistossomose mansônica (EM) ainda é um grave problema de saúde pública no Brasil. No Estado de São Paulo a EM é uma doença de notificação compulsória, com maior número de casos notificados em municípios localizados nas regiões da Grande
São Paulo, de Campinas, do Vale do Ribeira, do Litoral sul, do Litoral norte e do Vale do Paraíba. Nesta última região, estudos realizados em diferentes municípios, com história de esquistossomose no passado, sugerem que a EM esteja sob controle, com evidente tendência de queda de casos autóctones notificados nos últimos anos. Nesse estudo, procurou-se avaliar a atual situação da esquistossomose em Pindamonhangaba, SP, através de um inquérito soro-epidemiológico, envolvendo escolares de 7 a 10 anos de idade, da rede municipal de ensino. Do total de 1235 amostras de sangue submetidas à reação de imunofluorescência com cortes parafinados do verme adulto para pesquisa de anticorpos IgM contra antígenos do tubo digestivo (RIF-IgM), apenas duas foram reagentes. Estes casos estão sendo investigação, sendo que o exame parasitológico de seis amostras de fezes de uma das crianças, foi negativo para ovos de S. mansoni. Este resultado pode indicar infecção muito baixa, de difícil diagnóstico por técnicas
parasitológicas, ou devido a infecção passada, já que a sorologia quando positiva, não indica obrigatoriamente infecção ativa, pois os anticorpos circulantes permanecem após a cura da infecção. Considerando os vários estudos epidemiológicos já realizados no Estado de São Paulo, onde a RIF-IgM tem demonstrando bons índices de desempenho e alta sensibilidade diagnóstica, a baixa freqüência de soropositivos (0,16%) obtida neste estudo, pode ser um indicativo de que a EM possa estar controlada no município. Assim, os casos de esquistossomose notificados nos últimos anos, com idade acima de 30 anos, podem ser de indivíduos que adquiriram a infecção no passado, e não necessariamente nos anos em que foram notificados.

pdf (Português (Brasil))
Creative Commons License

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2023 Instituto Adolfo Lutz Journal

Downloads

Download data is not yet available.