Abstract
A vigilância do vírus da influenza (gripe) pelas Unidades Sentinela do Estado de São Paulo iniciada em 2002, integrada ao Ministério da Saúde, sistematizou a vigilância dos vírus respiratórios de importância em Saúde Pública, além de contribuir na sensibilização
dos profissionais quanto à possibilidade de uma pandemia de influenza. Durante as reuniões de avaliação das Unidades Sentinela discutiu-se a importância da logística instituída em um cenário pandêmico que hoje vivenciamos. Para a realização da vigilância instituiu-se a colheita criteriosa de cinco secreções respiratórias semanais. O teste de imunofluorescência indireta (IFA), frente ao painel respiratório de anticorpos monoclonais foi preconizado para a investigação. Além da detecção da circulação precoce do vírus da influenza A em janeiro de 2009, pelo teste (IFA) e o isolamento do vírus nas células MDCK, foi possível também sua caracterização antigênica, como pertencente à estirpe H1N1 sazonal. Para a caracterização antigênica utilizou-se o soro imune específico, cedido pela Organização Mundial de Saúde. O sistema da Vigilância Sentinela detectou também a circulação dos vírus da parainfluenza 1,2 e 3; vírus respiratório sincicial, adenovírus e vírus da influenza do tipo B. A partir da introdução do vírus da influenza A (H1N1)v na população, as Unidades Sentinela serão de fundamental importância na vigilância epidemiológica do vírus. A implantação das Unidades Sentinela no Estado de São Paulo e nas regiões Centro Oeste, Norte e Nordeste do país, contribuiu de maneira expressiva na sensibilização e na mobilização necessárias, em função da emergência de uma estirpe pandemica do vírus da influenza e integra os planos de contingência para o enfrentamento de uma pandemia nos estados de sua abrangência. O conjunto dessas ações permitirá aos estados brasileiros investigarem a sazonalidade dos diferentes vírus respiratórios, além do monitoramento da circulação da estirpe emergente.

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