Abstract
A Hepatite C ocorre em grande número de pessoas infectadas pelo vírus HIV, devido ao fato de terem os mesmos mecanismos de transmissão. Com o aumento da expectativa de vida da população brasileira em paralelo ao advento de drogas de estimulação
sexual, aliado a fatores culturais, os idosos passaram a ser um dos grupos mais expostos a infecção pelo vírus HIV. O objetivo desse estudo foi demonstrar a co-infecção HCV/HIV em pacientes idosos, em relação à contagem de TCD4, atendidos nos ambulatórios referência do DRSXV – São José do Rio Preto/SP. Análise de 163 pacientes idosos portadores do vírus HIV, dados obtidos por meio do Sistema de Controle de Exames Laboratoriais – SISCEL, em relação à co-infecção com o vírus HCV, dados obtidos no GVEXXIX, e contagem de TCD4 em citometro de fluxo (BD FACSCalibur), no Instituto Adolfo Lutz – LR – São José do Rio Preto/SP. Dos 163
pacientes portadores de HIV, 06(3,68%) apresentaram co-infecção com vírus da hepatite C, sendo 03 homens (50%). Em relação aos valores de TCD4, apenas um paciente apresentou linfócitos acima de 350 células/mm3 , os demais apresentaram TCD4 inferior
a 350 células/mm3 . Como a infecção pelo vírus HCV pode levar até 20 anos para apresentar os sintomas, os pacientes idosos podem ser portadores crônicos assintomáticos. No grupo de idosos analisados, observamos que o diagnóstico da hepatite C foi sempre realizado após o diagnóstico do vírus HIV, um diagnóstico tardio. Portanto, como ocorre em outros serviços de saúde, no nosso meio a hepatite C é subinvestigada. A prevalência da hepatite C foi acima do esperado da média nacional que é 1 a 2%. Em relação aos TCD4 os resultados mostraram valores inferiores a 350 células/mm3, o que difere dos valores dos idosos não co-infectados. Os indivíduos infectados com o vírus da hepatite C têm um mau prognóstico em relação à infecção pelo vírus HIV.

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