Abstract
No Brasil, a Leishmaniose Visceral está presente em todas as regiões, e imputa-se ao cão grande importância na transmissão da infecção para o homem. Por isso, a detecção de animais positivos é um dos principais pilares no controle da enfermidade. No município de São Pedro, foram localizados cães com Leishmania chagasi em 2007 e, em abril de 2009, o Município, a Superintendência de Controle de Endemias, GVE – XX Piracicaba e o Instituto Adolfo Lutz reuniram-se a fim de elaborar ações para o controle da LV no município seguindo o Programa de Controle da Leishmaniose Visceral no Estado de São Paulo e acrescentar novas ações/metodologias para o controle da doença. O inquérito sorológico da população canina está sendo realizado nos setores 1 e 2 do município, com início nos locais onde foram encontrados cães positivos, bem como buscas ativas em setores não previstos. O material de eleição foi soro, submetido ao ELISA (triagem), RIFI (referência) e Teste Rápido (DPP), todos produzidos por Biomanguinhos. Para pesquisa direta e cultura foram coletados aspirados de linfonodos. Foram coletadas 320 amostras de soro (241 de inquérito/notificações e 79 de áreas não previstas) até o momento, o município apresentou positividade de 7,50% (24/320) avaliadas por meio de ELISA e confirmadas pela RIFI, sendo destas 5,31% (17/320) foram positivas no DPP. No exame parasitológico/cultura houve 4,06% (13/320) amostras positivas. Nas áreas não previstas, 06 amostras apresentaram-se reagentes por ELISA, não confirmadas pela RIFI. A utilização do soro tem apresentado bons resultados, além de boa concordância com os exames parasitológicos. Em outras localidades, o ELISA realizado em papel filtro apresentou alta positividade, dificultando a triagem e prejudicando as ações previstas no Programa de Controle. A vigilância nas áreas não previstas, embora sem resultados positivos no momento, tem importância para verificar a disseminação da doença.

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