Abstract
C. dubliniensis, descrita na Irlanda em 1995 por Sullivan et al., revela características bioquímicas e morfológicas muito semelhantes às de C. albicans, sendo necessários métodos moleculares para diferenciá-las. Esta espécie foi isolada da cavidade oral de pacientes infectados com o HIV e com aids, os fatores de risco para a presença desta espécie ainda não estão bem estabelecidos, mas a virulência parece ser semelhante à da C. albicans. A C. dubliniensis apresenta maior atividade de proteinase que C. albicans, maior aderência à mucosa oral, formação de hifas lentamente, sugerindo menor poder de invasão e apresenta resistência aos azólicos. Objetivo: Avaliar a prevalência de colonização e ou infecção da cavidade oral de indivíduos infectados pelo HIV, por C. dubliniensis. Material e Métodos: Do total de 300 cepas até o momento foram analisadas 106 cepas, identificadas fenotipicamente como C. albicans isoladas de indivíduos com infecção pelo HIV e aids. A diferenciação entre C. albicans e C. dubliniensis foi feita pela técnica de PCR utilizando-se um par de primer para C. albicans (senso: CAL5-5´TGTTGCTCTCTCGGGGGCGGCCG-3´; anti-senso: NL4CAL – 5´AAGATCATTATGCCAACATCCTAGGTAAA3´) e outro par para C. dubliniensis (senso: CDU2-5´AGTTACTCTTTCGGGGGTGGCCT-3 anti-senso: NL4CAL 5´AAGATCATTATGCCAACATCCTAGGTAAA3´), desnaturação inicial de 94ºC por 5’, 35 ciclos de 95ºC por 30”; 65ºC por 45”; 72ºC por 30” e extensão final de 10’ a 72ºC. O fragmento amplificado pelos primers CAL5/NL4CAL e DU2/NL4CAL foi de 175pb para
ambas as espécies. Resultados: Todas as cepas analisadas foram caracterizadas molecularmente como C. albicans. Comentários: Os relatos nacionais, utilizando banco de cepas e diferentes métodos moleculares, indicaram prevalência de 1,5 a 5,4% de C. dubliniensis. Diferentemente ao descrito, os resultados preliminares do presente trabalho ainda não detectaram C. dubliniensis na população HIV positiva estudada.

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