Abstract
O sucesso da disseminação de Staphylococcus aureus se deve, em parte, à sua grande versatilidade, ou seja, a capacidade de se adaptar rapidamente a diferentes ambientes, possibilitando a colonização do homem assim como o ambiente ao seu redor. Esse microrganismo é comum na microbiota humana, sendo que a maioria dos portadores é assintomática e o processo de infecção normalmente está associado a algum fator que diminui a resposta imunológica do indivíduo, como doenças, tratamentos mais agressivos ou procedimentos médicos invasivos. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi realizar um levantamento da ocorrência de indivíduos portadores assintomáticos de S. aureus no Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM, bem como a avaliação de sensibilidade aos antibióticos, realizadas por meio da técnica de difusão de discos. No total foram coletadas 57 amostras nasais e sub-ungueais de profissionais e alunos vinculados ao UNIPAM. Todas as amostras foram submetidas a crescimento em meios de cultura seletivos e diferenciais e testadas quanto à produção de coagulase para a identificação de S. aureus. A porcentagem de portadores deste microrganismo encontrada na comunidade acadêmica foi: 66,94% alunos; 47,54% professores e 14,48% técnicos. Nenhuma amostra apresentou resistência à vancomicina, sendo também, muito resistentes à penicilina, estreptomicina, cloranfenicol e tetraciclina. Os resultados sugerem uma alta freqüência de portadores de assintomáticos entre os alunos, contrariamente ao observado nos técnicos. Pode-se inferir que o surgimento dos antibióticos colaborou com uma acentuada redução na mortalidade por inúmeras infecções, porém, com o seu uso indiscriminado, microrganismos como estafilococos aumentaram sua resistência. Diante disso, faz-se necessário um controle urgente do uso indiscriminado dessas substâncias, sendo somente limitado a casos para os quais a indicação clínica seja precisa.

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