Abstract
É de extrema importância o conhecimento da prevalência e do perfil epidemiológico de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) para adoção de medidas de prevenção, controle e eliminação dessas doenças. Em pacientes soropositivos para HIV, a interação entre fatores comportamentais, biológicos e imunossupressão tem justificado as altas taxas de coinfecção com outros tipos de DST. A sífilis, considerada a principal DST associada ao HIV, favorece a transmissão do vírus devido a lesões na mucosa genital causadas pela bactéria Treponema pallidum. Este estudo objetivou-se em levantar a prevalência e coinfecção HIV e Sífilis da população pertencente a municípios atendidos pelo Instituto Adolfo Lutz – Laboratório Regional de Presidente Prudente/ SP. Os dados analisados foram obtidos dos livros de registros da Seção de Biologia Médica no período de Janeiro de 2003 a Dezembro de 2007. Foram registradas 26.879 solicitações de exames para HIV e Sífilis, onde 99,79% apresentaram-se negativos para coinfecção. Entre os resultados negativos, 3,87% encontravam-se positivos para uma das infecções, sendo 2,12% (571) para Sífilis e 1,75% (469) para HIV. Observou-se uma diminuição na prevalência de sífilis: 2003 com 2,88%; 2004 com 2,46%; 2005 com 2,48%; 2006 com 1,51% e 2007 com 1,01%, demonstrando a importância de programas para a erradicação da doença como é o caso do programa da erradicação da sífilis congênita. Entretanto, este fato não ocorreu para o HIV, observando um aumento da prevalência: 2003 com 1,60%; 2004 com 1,14%; 2005 com 1,78%; 2006 com 2,09% e 2007 com 2,31%, demonstrando serem necessários à intensificação de campanhas preventivas e acesso rápido ao diagnóstico. Só a ação conjunta poderá conter a epidemia. Observouse na população, prevalência de 0,21% (56) de coinfecção HIV/ Sífilis, onde 66,07% (37) eram homens com faixa etária entre 31 a 40 anos e 33,93% (19) mulheres com faixa etária entre 21 a 30 anos. Das amostras coinfectadas, 51,78% (29) foram encaminhadas por um Programa Municipal de DST/Aids da região. O alto índice de coinfecção em amostras oriundas do Programa Municipal de DST/Aids demonstra a importância do órgão, tendo em vista os serviços oferecidos de diagnóstico, aconselhamento e encaminhamento desta população ao tratamento nos centros de referência.
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