Paracoccidioidomicose, histoplasmose e aspergilose: número de casos suspeitos antes, durante e pós-pandemia de SARS-CoV-2
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Keywords

Infecções Fúngicas
Diagnóstico Laboratorial
Serviços Laboratoriais de Saúde Pública

How to Cite

1.
Zaparoli MS, Barreto LC, Kamikawa CM, Lima JM da HS, Vicentini AP. Paracoccidioidomicose, histoplasmose e aspergilose: número de casos suspeitos antes, durante e pós-pandemia de SARS-CoV-2 . Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 2024 Nov. 3 [cited 2025 Feb. 5];83:e40796. Available from: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/41014

Abstract

Nos últimos anos, o aumento expressivo do número de casos dos processos infecciosos causados por diferentes espécies fúngicas tornou-se grande ameaça à Saúde Pública. Em 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou uma relação de patógenos fúngicos prioritários visando orientar a pesquisa, o desenvolvimento e ações em Saúde Pública. Entre estes se encontram: Aspergillus fumigatus, Histoplasma capsultaum e Paracoccidioides spp. Avaliamos o número de casos suspeitos de paracoccidioidomicose (PCM), histoplasmose (HP) e aspergilose (ASP) recebidos pelo Laboratório de Imunodiagnóstico das Micoses, de janeiro de 2018 a julho de 2024, para avalição sorológica por imunodifusão dupla. Observamos que nos anos de 2018 e 2019 o número de casos suspeitos de PCM permaneceu estável (599 e 558, respectivamente), os de HP aumentaram em 2019 (213 em 2018 e 397 em 2019) e os de ASP diminuíram (76 em 2018 e 41 em 2019). No período pandêmico, os casos de PCM e ASP apresentaram queda especialmente em 2020 (401 e 26, respectivamente), porém, em 2021 observou-se aumento dos casos suspeitos de HP (488) e ASP (61). Em 2022, observou-se discreto aumento dos casos suspeitos de PCM (467) e de ASP (65) e uma queda acentuada no número de casos de HP (159). A partir de 2023, observou-se aumento expressivo do número de casos suspeitos dos três agravos, sendo registrados 1.747 casos para PCM, 963 para HP e 568 para ASP. Em 2024 este número segue em alta especialmente entre aqueles com suspeita clínica de HP (741) e ASP (397). Assim como ocorreu com outros agravos, a pandemia impactou de forma negativa na quantidade de exames realizados quando comparado aos anos anteriores. No entanto, após este período, tem-se observado um aumento no número de casos. Acreditamos que as ações adotadas pela OMS estimularam os profissionais da saúde a pensarem mais nas doenças fúngicas.

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Copyright (c) 2024 Mayra Simioni Zaparoli, Lúcia Cupertino Barreto, Camila Mika Kamikawa, Josefa Maria da Hora Silva Lima, Adriana Pardini Vicentini

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