Codetecção por SARS-CoV-2 e outros vírus respiratórios em Rondônia

Abstract

As infecções do trato respiratório por SARS-CoV-2, juntamente com o vírus influenza e o Vírus Sincicial Respiratório – RSV, têm um impacto direto na saúde pública, sendo os principais agentes virais encontrados na população. O objetivo deste estudo foi analisar os casos de codetecção por SARS-CoV-2 e outros vírus respiratório no estado de Rondônia. As amostras analisadas foram coletadas em 2021 e a análise molecular foi conduzida no Laboratório Central de Saúde Pública do estado de Rondônia (LACEN/RO), por meio da extração de RNA automatizada com beads magnéticas seguida pela técnica de RTq- PCR, utilizando um protocolo de detecção e diferenciação simultânea de três genes (N, RdRP e S) do SARSCoV-2, além dos vírus Influenza A/FLU-A, vírus Influenza B e o RSV. De 1.265 amostras detectáveis para SARS-CoV-2, 4,43% (56/1.265) apresentaram codetecção com o FLU-A (CO-1) e 0,23% detectaram o RSV (CO-2). A população com CO-1 (60,71%, 34/56) e CO-2 (100%, 3/3) apresentou prevalência de indivíduos do sexo masculino, com uma mediana de idade de 31 e 19 anos, respectivamente. Para CO-1 os genes S e RdRP do SARS-CoV-2 foram detectáveis em 85,71%(48/56) dos casos, com uma média de Ct de 29,99 e 30,29, respectivamente, e uma mediana de Ct de 20,92 para FLU-A. Em CO-2, todos os três os genes (N, RdRP e S) pesquisados do SARS-CoV-2 foram detectáveis, com uma mediana de Ct para o RSV de 31,44. Os casos de codetecção estavam distribuídos por 11 municípios de Rondônia, com a capital Porto Velho apresentando o maior número de casos (54,24%, 32/59). Os resultados deste estudo apoiam a necessidade de integração dos testes de diagnóstico que detectam múltiplos vírus respiratórios, pois podem ajudar a compreender os padrões epidemiológicos e a direcionar o tratamento clínico dos pacientes.