Abstract
O hipertireoidismo é uma alteração endócrina comum em felinos senis, sendo necessária associar as possíveis causas de desenvolvimento deste distúrbio e sua correlação com os níveis de iodo presentes na dieta. Avaliar o iodo urinário em felinos pela reação de Sandell-Kolthoff, e correlacionar os valores obtidos com os teores de iodo presentes na alimentação. Foram analisadas 50 amostras de urina de gatos da raça persa, procedentes das cidades de São Paulo e Jundiaí, atendidos pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de São Paulo. A dieta foi avaliada entre duas rações (“Um”, “Dois”) secas, em um grupo de 50 felinos, 30 fêmeas (60%) e 20 machos (40%), considerando as diferenças na massa corpórea e metabolismo. O intervalo de iodo urinário excretado foi de 22,33 a 1.970,8 ug/L. O nível de iodo no alimento seco variou de 1.410 a 4.100 ug/kg (média de 2.400 ug/kg). As fêmeas que ingeriram a ração de marca “Um” apresentaram média de 561,95 ug/L e desvio padrão de 678,86 ug/L, as que ingeriam a ração de marca “Dois” tiveram média de 199,94 ug/L e desvio padrão de 220,07 ug/L; os machos apenas ingeriram a ração de marca “Um” e apresentaram média de 821,33 ug/L e desvio padrão de 193,56 ug/L. A idade média em meses dos felinos persas foi 45,17 (DP 43,45 e IC 95%, 28,94 a 61,39) para as fêmeas e 58,80 (DP 44,67 e IC 95%, 37,89 a 79,71) para os machos. A proporção entre o aumento da excreção urinária de iodo e o aumento da tireoide à palpação foi de 2:1 fêmeas para macho. A ração “Um” apresentou-se três vezes mais elevada tanto na ingesta quanto na excreção de iodo em relação a “Dois”. Maiores estudos são necessários para avaliar a relação da quantidade de iodo presente nas rações e a excreção urinária.
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