Incidência de ocratoxina A em amostras de uva passa comercializadas no estado de São Paulo
PDF (Português (Brasil))

Keywords

Micotoxinas, Uva passa, Cromatografia

How to Cite

1.
Almeida AP de, Silva SA da, Faria ALR de, Oliveira L de, Alaburda J. Incidência de ocratoxina A em amostras de uva passa comercializadas no estado de São Paulo. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 2024 Nov. 3 [cited 2025 Feb. 5];83:e40513. Available from: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/41233

Abstract

A ocratoxina A (OTA) é uma micotoxina produzida por fungos dos gêneros Aspergillus e Penicillium, encontrada em alimentos como cereais, café, vinho, frutas secas e cacau. A contaminação pode ocorrer desde o cultivo até o armazenamento. Desde que a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) classificou a OTA como possivelmente carcinogênica, devido aos seus efeitos nefrotóxicos, imunossupressores, teratogênicos e cancerígenos, ela tem sido amplamente monitorada e regulamentada. No Brasil, a ANVISA estabelece limites máximos de 10 μg/kg para uva passa. A quantificação desta micotoxina é um desafio, exigindo homogeneidade da amostra e métodos analíticos sensíveis. O objetivo deste estudo foi verificar a presença de OTA em uvas passas comerciais. Um total de 29 amostras, de diferentes marcas e lotes, foi coletado em estabelecimentos varejistas do Estado de São Paulo, entre 2020 e 2023. A OTA foi extraída com metanol:água (80:20, v/v) e diluída com solução tampão PBS. A purificação foi realizada com coluna de imunoafinidade (Ochraprep, R-Biopharm) e a quantificação por cromatografia líquida de alta eficiência com detecção por fluorescência (Shimadzu). A linearidade do método foi observada dentro da faixa de trabalho, entre 1,0 e 20,0 μg/kg. Os limites de detecção e quantificação foram 0,3 e 1,0 μg/kg, respectivamente. O método mostrou-se exato e preciso, com valores para recuperação de 81,6; 80,4 e 81,9%, e para coeficientes de variação de 6,0; 4,3 e 6,1%, respectivamente para os níveis 2,0; 5,0 e 10,0 μg/kg. Na avaliação das amostras comerciais, a OTA foi quantificada em 14 amostras (48,3%), com concentrações entre 1,2 e 37,5 μg/kg, sendo 2 amostras (6,9%) acima do limite da legislação. Embora um número limitado de amostras tenha sido avaliado, a frequência de contaminação foi elevada e algumas foram consideradas insatisfatórias, indicando que o produto deve ser frequentemente monitorado devido ao risco potencial da OTA à saúde.

PDF (Português (Brasil))
Creative Commons License

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Adriana Palma de Almeida, Simone Alves da Silva, Ana Lúcia Rosa de Faria, Lunalva de Oliveira, Janete Alaburda

Downloads

Download data is not yet available.