Infecção de moluscos terrestres por Angiostrongylus cantonensis em área pública do município de Guarulhos, São Paulo, Brasil
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Keywords

Angiostrongylus
Meningite
Vigilância em Saúde Ambiental

How to Cite

1.
Grimaldi MC, Mota DJG da, Hermida FP de M, Gava R, Baccin A de O, Bueno Junior MA, Melo LCV de. Infecção de moluscos terrestres por Angiostrongylus cantonensis em área pública do município de Guarulhos, São Paulo, Brasil. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 2024 Nov. 3 [cited 2025 Feb. 5];83:e40816. Available from: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/41285

Abstract

A neuroangiostrongilíase, causada pelo nematódeo Angiostrongylus cantonensis, tem se espalhado pelo mundo e mais de 2.800 casos foram registrados, incluindo no Brasil. A infecção em humanos acontece através do consumo de moluscos infectados ou vegetais crus ou mal cozidos contaminados, e seu diagnóstico é difícil devido à semelhança com outras meningites. O seu agente etiológico requer dois tipos de hospedeiros: um definitivo, geralmente roedores, e um intermediário, que inclui espécies de caracóis, caramujos e lesmas. Neste sentido, Lissachatina fulica, o “caramujo gigante africano”, é uma das espécies invasoras mais estudadas, pois está entre as 100 mais prejudiciais, causando desequilíbrios ambientais e perdas econômicas em quase todo o mundo. Desta forma, monitorar a distribuição desse molusco e sua relação com a dispersão do nematódeo é essencial. Assim, este estudo buscou avaliar a infestação de L. fulica, a diversidade de outras espécies de moluscos terrestres e a possível infecção destes por helmintos de interesse médico, em área pública, de 603,68 m2, localizada em Guarulhos/SP. A partir de demanda espontânea, em abril de 2018, foram realizadas coletas em oito pontos e os moluscos obtidos foram digeridos em solução contendo 4% de pepsina e 0,7% de ácido clorídrico, submetidos à técnica de Rugai modificada e, para a identificação dos parasitos, foram utilizadas técnicas morfométricas e moleculares. O estudo contemplou 326 espécimes de moluscos, sendo dez (3,07%) infectados com A. cantonensis. Ainda, foram identificadas cinco espécies hospedeiras: L. fulica (37,73%), Bradybaena similaris (33,13%), Leptinaria unilamellata (19,02%), Subulina octona (7,06%) e Sarasinula linguaeformis (3,07%) e, embora o local estivesse altamente infestado por L. fulica, a maior incidência de infecção ocorreu em L. unilamellata (8,06%), enquanto S. octona e S. linguaeformis não apresentaram positividade. Este estudo demonstrou a importância do monitoramento de áreas públicas, detectando um importante ponto de dispersão de moluscos infectados por A. cantonensis na região.

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Copyright (c) 2024 Mariana Castanheira Grimaldi, Dan Jessé Gonçalves da Mota, Felipe Pessoa de Melo Hermida, Ricardo Gava, Amanda de Oliveira Baccin, Marcilio Antonio Bueno Junior, Leyva Cecília Vieira de Melo

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