Caracterização genômica de cepas de Escherichia albertii isoladas de infecções humanas no Brasil
PDF (Português (Brasil))

Keywords

Diarreia
Escherichia
Vigilância

How to Cite

1.
Lira DRP de, Andrade TS de, Hernandes RT, Medeiros Filho MF de, Castilho NVG, Ori Érica de L, Pinheiro SRS, Santos LF dos. Caracterização genômica de cepas de Escherichia albertii isoladas de infecções humanas no Brasil. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 2024 Nov. 3 [cited 2025 Feb. 5];83:e40582. Available from: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/41382

Abstract

Escherichia albertii, recentemente alocada no gênero Escherichia como uma nova espécie bacteriana, é responsável por causar em humanos quadros de diarreia aguda e septicemia. Embora existam relatos de surtos por E. albertii em alguns países do oriente, as infecções humanas têm um caráter predominantemente esporádico. No Brasil, graças à vigilância laboratorial das doenças de transmissão hídrica e alimentar realizada pelo Instituto Adolfo Lutz (IAL), casos esporádicos de gastroenterite por E. albertii já foram registrados em estados como São Paulo e Santa Catarina. Um dos principais desafios na detecção laboratorial de cepas de E. albertii reside no fato que estas bactérias são fenotipicamente quase indistinguíveis das Escherichia coli. Em função disso, a importância clínica e epidemiológica das E. albertii é grandemente subestimada. Abordagens genômicas tem se mostrado a única alternativa satisfatória na caracterização de cepas de E. albertii. Neste estudo, 14 cepas de E. albertii, provenientes do Centro de Bacteriologia do IAL, foram submetidas ao sequenciamento de genoma total pelo Laboratório Estratégico (LEIAL), com o intuito de serem caracterizadas quanto ao seu background de marcadores de virulência e diversidade clonal. Através de análises de bioinformática empregando a plataforma Galaxy Austrália e a ferramenta Ipcress, foram investigados os sorogrupos, sequence types (ST) e a presença de genes de virulência. Foram encontrados cinco sorogrupos distintos dentre as cepas analisadas, sendo os mais comuns EAOg5 e EAOg7. Duas cepas foram pertencentes ao ST1996 e as demais apresentaram ST diversos. O gene de virulência mais prevalente foi cdt-S, associado a produção da toxina citoletal distensora. Entretanto, em um dos isolados a presença do gene stx2f associado a produção da toxina de Shiga foi evidenciada. Distintos perfis antigênicos e de virulência foram observados neste estudo. Este é o primeiro relato de cepas de E. albertii portadoras de genes associados às toxinas de Shiga no Brasil.

PDF (Português (Brasil))
Creative Commons License

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Daiany Ribeiro Paz de Lira, Tania Sueli de Andrade, Rodrigo Tavanelli Hernandes, Mário Ferreira de Medeiros Filho, Nicolas Vieira Guerra Castilho, Érica de Lima Ori, Sandra Regina Schicariol Pinheiro, Luis Fernando dos Santos

Downloads

Download data is not yet available.