Qualidade microbiológica de frutos do mar pré-cozidos comercializados na Ilha de Santa Catarina, Brasil
PDF (English)

Palavras-chave

frutos do mar pré-cozidos
análise de risco
vida de prateleira

Como Citar

1.
Ramos RJ, Cirolini A, Silva HS da, Miotto LA, Miotto M, Vieira CRW. Qualidade microbiológica de frutos do mar pré-cozidos comercializados na Ilha de Santa Catarina, Brasil. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de abril de 2011 [citado 28º de março de 2024];70(4):560-5. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32515

Resumo

Este estudo teve por objetivo avaliar a qualidade microbiológica de frutos do mar pré-cozidos e refrigerados comercializados em Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Quarenta e oito amostras de carne de siri, mexilhão, camarão e berbigão foram adquiridas em peixarias, entre os meses de junho e setembro de 2008. Foram realizados ensaios microbiológicos para contagem total de psicrotróficos, coliformes a 45 °C, Enterococcus spp., Escherichia coli, estafilococos coagulase positiva e detecção de Salmonella spp. Todas as amostras foram negativas para Salmonella spp. em 25 g. Duas (4,2%) amostras ultrapassaram os limites estabelecidos de coliformes a 45 °C, sendo uma de mexilhão e outra de carne de siri. Nove (18,75%) amostras, cinco de berbigão e quatro de carne de siri, ultrapassaram os limites estabelecidos para estafilococos coagulase positiva. As contagens de microrganismos psicrotróficos foram elevadas em todos os produtos analisados. Foram observadas correlações estatísticas positivas (p < 0,05) entre as contagens de coliformes a 45 °C e Escherichia coli, mas não foi observada correlação (p>0,05) entre Enterococcus spp. e coliformes a 45 °C ou Escherichia coli. O presente estudo demonstrou que 20% das amostras não atendiam aos parâmetros higiênico-sanitários estabelecidos pela legislação vigente no Brasil.

https://doi.org/10.53393/rial.2011.v70.32515
PDF (English)

Referências

1. Huss HH, Reilly A, Embarek PKB. Prevention and control of hazards in seafood. Food Control. 2000;11:149-56.

2. Feldhusen F. The role of seafood in bacterial foodborne diseases. Microbes Infect. 2000;2:1651–60.

3. Ababouch L. Potential of Listeria hazard in African fishery products and possible control measures. Int J Food Microbiol. 2000;62:211-5.

4. Miget R. Microbiology of crustacean processing: Shrimp, crawfish and prawns. In: Ward DR,Hackney CR, Editors. Microbiology of Marine Food Products. New York: Van Nostrand Reinhold; 1991.p.65–87.

5. Valdimarsson G, Einarsson H, Gudbjornsdottir B, Magnusson H. Microbiological quality of Icelandic cooked-peeled shrimp (Pandalus borealis). Int J Food Microbiol. 1998;45:157-61.

6. Alves CL, Carvalho FLN, Guerra CG, Araújo WMM. Comercialização de pescado no Distrito Federal: avaliação das condições. Hig aliment. 2002;16:41-9.

7. Ben AM. Effect of freezing and microbial growth on myoglobin derivates of beef. J Agric Food Chem. 1999;47:4093–9.

8. Jay JM. Microbiologia de Alimentos. 6a ed. Porto Alegre: Editora Artmed; 2005.

9. Huss HH. Control of indigenous pathogenic bacteria in seafood. Food Control. 1997;8:91-8.10.

10. Liston J. Microbial hazards of seafood consumption. Food Technol. 1990;44:56-62.

11. International Commission on Microbiological Specifications for Foods – ICMSF. Ecologia Microbiana de los Alimentos II, Productos Alimenticios. Zaragoza: Acribia Publisher; 1985.

12. Adams AM, Leja LL, Jinneman K, Beeh J. Anisakid parasites, Staphylococcus aureus and Bacillus cereus in sushi and sashimi from Seattle area restaurants. J Food Prot. 1994;57: 311–7.

13. Cardonha AMS, Casimiro, ARS, Vieira RHSF. Identificação de bactérias psicotróficas em caudas de lagosta, durante processo industrial com tripolifosfato de sódio. Hig aliment. 1994;8: 29-34.

14. Germano PML, Oliveira JCF, Germano MIS. O pescado como causa de toxinfecções bacterianas. Hig aliment. 1993;7: 40–5.

15. American Public Health Association - APHA. Compendium of methods for the microbiological examination of foods, 4th ed. Washington: USA; 2001.

16. Statistica, version 7.1 [Data Analysis Software System].Stat-Soft, Inc.; 2006. Disponível em: [http://www.statsoft.com].

17. Brasil. Ministério da Saúde. Resolução RDC nº 12, de 02 de janeiro de 2001. Aprova o Regulamento Técnico sobre Padrões Microbiológicos para Alimentos. Diário Oficial [da] Republica Federativa do Brasil. Brasília, DF, 10 jan. 2001. Seção 1, nº7-E. p.45-53.

18. Vieira DM, Naumann CRC, Ichikawa T, Cândido LMB. Microbiological characteristics of meat of siri benefited in Antonina (PR) before and after the adoption of good measures of practical. Scientia Agraria. 2006;7: 41-8.

19. Sombrio PS, Prudêncio ES, Amboni RDMC, Barreto PLM, Amante ER. Avaliação tecnológica, microbiológica, química e física de conservas de mexilhões (Perna perna) embaladas a vácuo. B Ceppa. 2008;26: 277-86.

20. Kumar R, Surendran PK, Thampuran N. Detection and characterization of virulence factors in lactose positive and lactose negative Salmonella serovars isolated from seafood. Food Control. 2009;20: 376–80.

21. Aveiro MV. Análise nutricional, microbiológica e histológica do berbigão Anomalocardia brasiliana da Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé (REMAPI), Florianópolis/SC [dissertação de Mestrado]. Florianópolis (SC): Universidade Federal de Santa Catarina; 2007.

22. Brito G, Cordeiro LN, Josino AS, Melo ML, Coutinho HDM. Avaliação da qualidade microbiológica de hambúrgueres e cachorros – quentes comercializados por vendedores ambulantes no município de Juazeiro do Norte, CE. Rev. Hig aliment. 2003;17: 90- 4.

23. Cordeiro D, Lopes TGG, Oetterer M, Porto E, Galvão JA. Qualidade do mexilhão Perna perna submetido ao processo combinado de cocção, congelamento e armazenamento. B Ceppa. 2007;25: 165-79.

24. Hagler AN, Mendonça-Hagler LC, Santos EA, Farage S, Silva-Filho JB, Schrank A. Microbial pollution indicators in brazilian tropical and subtropical marine surface waters. Sci Total Environ. 1986;58: 151-60.

25. Huss HH. Fresh fish: quality and quality changes. A training manual prepared for the FAO/DANIDA Training Programme on Fish Technology and Quality Control. Roma: Food and Agriculture Organization of the United Nations Publisher; 1988. (FAO Fisheries Series, 29).

26. Reddy NR, Paradis A, Ropman MG, Solomon HM, Rhodehamel EJ. Toxin development by Clostridium botulinum in modified atmosphere-packaged fresh tilapia fillets during storage. J Food Sci. 1996;61:632-5.

27. Galvão JA, Furlan EF, Sálan EO, Porto E, Oetterer M. Características físico-químicas e microbiológicas (Staphylococcus aureus e Bacillus cereus) da água e dos mexilhões cultivados na região de Ubatuba, SP. Ciênc agrotec. 2006;30: 1124-9.

28. Cunha Neto A, Silva CGM, Stamford TLM. Staphylococcus enterotoxigênicos em alimentos in natura e processados no estado de Pernambuco, Brasil. Ciênc Tecnol Aliment. 2002;22: 263-71.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2011 Roberta Juliano Ramos, Andréia Cirolini, Helen Silvestre da Silva, Letícia Adélia Miotto, Marília Miotto, Cleide Rosana Werneck Vieira

Downloads

Não há dados estatísticos.