Resumen
Os avanços tecnológicos das últimas décadas catalisaram transformações sociais e econômicas, que influenciaram decisivamente nos padrões da morbimortalidade populacional. No Brasil, a heterogeneidade deste padrão é muito visível e complexa, em função de sua grande extensão territorial, do significativo número de habitantes e das diferenças socioeconômicas e culturais. Com o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população brasileira, observa-se o aparecimento cada vez mais frequente de doenças crônicas não transmissíveis. As mudanças climáticas e as condições higiênico-sanitárias, ainda deficientes em algumas regiões, podem propiciar o recrudescimento das doenças infectocontagiosas. Em face dessas transformações, faz-se necessário que o sistema de vigilância epidemiológica seja reestruturado para adequar aos novos cenários epidemiológicos, identificar novos riscos, prever e conter a expansão de áreas com riscos preexistentes de disseminação, propagação e redução das doenças. Um dos pontos cruciais desta reestruturação é o armazenamento correto e adequado das amostras biológicas, por meio da criação de biorrepositórios e biobancos, que possibilitará a aplicação de novas tecnologias para detecção, investigação e respostas as situações de surtos, epidemias e pandemias, com benefícios à pesquisa e assistência na área de saúde. Esta revisão demonstra a importância dos biobancos e biorrepositórios em Saúde Pública.
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