Penicilina G - Procaína: níveis sanguíneos e ação terapêutica
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1.
Penna D de O, Ashcar H, Viotti MR. Penicilina G - Procaína: níveis sanguíneos e ação terapêutica. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 24 de enero de 1948 [citado 26 de diciembre de 2024];8(1-2):48-77. Disponible en: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/33178

Resumen

Os autores, após chamarem a atenção para as vantagens da obtenção de níveis terapêuticos de penicilina no sangue com administrações a intervalos longos, apresentam os resultados obtidos com o uso de Penicilina G - Procaína ("Despacilina" Squibb) tendo como veículo a água destilada. Num grupo de 10 indivíduos sãos ou portadores de afecções dermatológicas diversas, a aplicação de 300.000 unidades (1 ml) por via intramuscular profunda permitiu a obtenção, ao fim de 24 horas, de níveis dosáveis no soro (método de Fleming) em todos os casos nos quais dentro daquele período não foi repetida a dose inicial (7 casos); nesses casos os níveis após 24 horas variaram entre 0,06 e 0,12 unidades. Os níveis máximos obtidos após 300.000 unidades não chegaram a 0,20 em 6 dos casos ao passo que nos 4 restantes chegou-se a 0,85 como valor máximo. Em, 3 casos deste grupo nos quais procedeu-se à administração de doses de 300.000 unidades cada 12 horas, os resultados sugerem que a repetição das doses, embora permitindo níveis máximos bastante mais altos, não impedem que, após 24 horas da última aplicação, tenham caído a níveis comparáveis aos obtidos 24 horas após a aplicação única de 300.000 unidades. No grupo II, constituído por 4 pacientes em estado de coma, os resultados sugerem que a oligúria concorre para a manutenção de níveis altos prolongados, o contrário se dando quando o paciente está submetido ao regime de diurese forçada. O grupo III é formado por 7 pacientes com pneumonia lobar, dos quais 6 foram curados com a dose inicial única de 300.000 unidades, com evolução tão boa quanto à obtida nos casos tratados pela penicilina aquosa cada 3 horas mais sulfadiazina. O caso que não evoluiu satisfatoriamente, embora respondendo ao tratamento com queda de temperatura em crise dentro de 12 horas, apresentou posteriormente nova ascensão térmica moderada (até 38°C), o que levou à instituição de terapêutica por penicilina de 3 em 3 horas mais sulfadiazina; mesmo assim, a evolução para a cura deu-se lenta e pouco satisfatoriamente. Os níveis penicilinicos obtidos neste grupo foram plenamente satisfatórios, pois todos os casos (6) nos quais foi dosado o nível de 24 horas demonstraram taxas de 0,06 a 0,16. Em 5 casos, nos quais foram colhidas amostras de sangue após 36 horas, apenas 1 deixou de apresentar nível doseável, obtendo-se nos demais de 0,04 a 0,16. Os níveis apreciavelmente mais altos dos grupos II e III em relação ao grupo I são interpretados como devidos à oligúria, por deficiente ingestão de líquidos ou pela febre
https://doi.org/10.53393/rial.1948.8.33178
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Citas

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Derechos de autor 1948 Revista del Instituto Adolfo Lutz

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