Resumen
A partir da segunda metade do século XIX, inicia-se na Europa e nos Estados Unidos um período de grande efervescência política, intelectual e social, em decorrência do fim de impérios mercantilistas e uma nova divisão do mundo ocidental.
Ao mesmo tempo, são introduzidos novos paradigmas sobre a origem de várias doenças:
••Demonstração científica de modelos de propagação das doenças por microrganismos através da realização de ensaios de especificidade etiológica resultantes dos processos de “criação experimental de doenças”. Os expoentes desse período, identificados com precursores dessa linha de pensamento são Robert Koch e, principalmente, Louis Pasteur. Trata-se da gênese da microbiologia e do início de grandes turbulências com o pensamento médico predominante de então;
••Demonstração da participação de insetos na veiculação de patógenos para os animais e para o homem, tais descobertas fortaleceram as pesquisas que objetivavam confirmar a existência de vetores animais na transmissão de doenças.
Citas
Almeida M. São Paulo na virada do século XX: um laboratório de saúde pública para o Brasil. Tempo. 2005; 19: 77-89.
Altamirano-Enciso AJ, Marzochi MCA, Moreira JS, Schubach AO & Marzochi KBF. Sobre a origem e dispersão das leishmanioses cutânea e mucosa com base em fontes históricas pré e pós-colombianas. Hist Ciênc Saúde. 2003; 10: 853-882.
Barata RB. Cem anos de endemias e epidemias. Ciênc Saúd Coletiva. 2000; 5: 333-345.
Benchimol JL, Sá MR, Becker J, Gross T, Andrade MM, Ferreira Junior PCG et al. Adolpho Lutz e a história da medicina tropical no Brasil. Hist Ciênc Saúde. 2003; 10: 287-409.
Benchimol JL. A instituição da microbiologia e a história da saúde pública no Brasil. Ciênc Saúd Coletiva. 2000; 5: 265-292.
Camargo ACM. As contradições da política de saúde no Brasil. S Paulo Perspectiva. 2002; 16: 1-13.
Camargo EP & Sant’Anna AO. Institutos de Pesquisa em Saúde. Ciênc Saúd Coletiva. 2004; 9: 295-302.
Carini A. & Paranhos U. Identificação das úlceras de Bauru ao Botão do Oriente. Rev Méd S Paulo. 1909; 6: 111-116.
Chagas C. Nova tripanozomíase humana. Estudos sobre a morfologia e o ciclo evolutivo do Schizotrypanum cruzi n.gen., n.sp., agente etiológico de nova entidade mórbida do homem. Mem Inst Oswaldo Cruz. 1909; 1: 159-218.
Dias JCP, Coura JR & Coutinho M. Carlos Chagas e a indicação ao prêmio Nobel. Disponível em: http://www.fiocruz.br/chagas/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=142 .
Godinho V. Úlceras de Bauru. Rev Méd S Paulo. 1909; 6: 109-111.
Kropf SP. Carlos Chagas e as campanhas contra a malariam. Disponível em: http://www.fiocruz.br/chagas/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=33 .
Lindenberg A. A úlcera de Bauru e o seu micróbio. Rev Méd S Paulo. 1909; 6: 116-120.
Lutz A. Mosquitos e malária das florestas. In: Barata RB. Cem anos de endemias e epidemias. Ciênc Saúd Coletiva. 2000; 5: 333-345.
Lutz A. Estudos e observações sobre o quebra bunda ou peste das cadeiras. Diário Oficial, Ano XII. 1907; 4.780: 355, Belém, Pará. In: Jansen G. Contribuição ao estudo do Mal de Cadeiras na Ilha de Marajó. Mem Inst Oswaldo Cruz. 1941; 36: 347-363.
Lutz A. Uma micose pseudococcidica localizada na boca e observada no Brasil. Contribuição ao conhecimento das hyphoblastomycoses americanas. Bras Med. 1908; 22: 221-224.
Nicolle C & Manceaux L. Sur une infection a corps de Leishman (ou organismes voisins) du gondi. C R Acad Sci. 1908; 147: 763-766.
Nunes ED. Sobre a história da saúde pública: idéias e autores. Ciênc Saúd Coletiva. 2000; 5: 251-264.
Nunes ED. Sobre a história da saúde pública: idéias e autores. Ciênc Saúd Coletiva. 2000; 5: 252-264.
Pirajá da Silva MA. Contribuição ao estudo da Shistosomíase na Bahia. Brás Med. 1908; 22: 281-282.
Ribas E. A extinção da febre amarela no estado de São Paulo e na cidade do Rio de Janeiro. Arq Hig Saúd Pub. 1909; 1: 21-28.
Sanjad N. Da ‘abominável profissão de vampiros’: Emílio Goeldi e os mosquitos no Pará. Hist Ciênc Saúde. 2003; 10: 85-111.
Splendore A. Um nuovo protozoa parassita dei conigli incontrato nelle lesioni anatomiche d’uma malattia Che ricorda in monti ponti il kala-azar dell’uomo. Rev Soc Sci. 2003; 3: 109-112.
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Derechos de autor 2010 Revista del Instituto Adolfo Lutz