ENDOPARASITOS DE MORCEGOS URBANOS DA CIDADE DE SÃO PAULOSP/BRASIL: PERFIL DO HOSPEDEIRO
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1.
Melo L, Yai L, Maeda M, Pinto P. ENDOPARASITOS DE MORCEGOS URBANOS DA CIDADE DE SÃO PAULOSP/BRASIL: PERFIL DO HOSPEDEIRO. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 22 de octubre de 2009 [citado 19 de julio de 2024];68(Suplemento 1):BM-73. Disponible en: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/39594

Resumen

Os morcegos pertencem à Ordem Chiroptera e estão distribuídos praticamente por todo o mundo. A expansão territorial das cidades reduziu o habitat dos morcegos e algumas espécies se adaptaram a convivência humana. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da cidade de São Paulo efetua coletas regulares para o monitoramento da raiva nesses animais, porém pouco se sabe sobre outros patógenos albergados por eles. Este trabalho teve como objetivo estudar a fauna endoparasitária de morcegos presentes em área urbana da cidade de São Paulo e avaliar o perfil de seus hospedeiros. Para tanto, foram analisados os tratos digestórios dos morcegos capturados pelo CCZ no período de 04/2007 a 11/2008. Para a identificação dos enteroparasitos os espécimes foram fixados, corados, fotografados e as imagens analisadas no programa Axiovision 4.6. A análise do perfil do hospedeiro foi baseada na idade, sexo, hábito alimentar e distribuição geográfica. Dos 644 morcegos capturados, 114 (17,70%) albergavam uma ou mais espécies de parasitos. Morcegos poliparasitados representaram 10,53% dos animais estudados. Os helmintos foram encontrados em 96,49% da população hospedeira. A infecção por nematódeos ocorreu em 47,37% dos morcegos positivos, e a família Molineidae foi responsável por 77,78% dessas. Já trematódeos corresponderam a 30,70%, sendo Edcaballerotrema eduardocaballeroi a espécie mais prevalente (80%), enquanto que o cestódeo Vampiroleps sp foi predominante em 28,95% dos positivos. O protozoário do gênero Eimeria sp foi encontrado em apenas 5,26% dos morcegos infectados. Com relação ao perfil dos hospedeiros, as infecções por enteroparasitos foram mais prevalentes em animais adultos, do sexo feminino e com hábito alimentar insetívoro. A distribuição geográfica abrangeu praticamente toda a extensão metropolitana, com nematódeos mais concentrados na região central, enquanto trematódeos e cestódeos foram mais distribuídos nas periferias da capital paulista. Do ponto de vista de saúde pública não foram encontradas espécies hospedeiras que albergassem parasitos intestinais com notório potencial zoonótico. Os autores discutem a importância ecológica de morcegos em áreas urbanas e sua respectiva fauna enteroparasitária.

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Derechos de autor 2009 Revista del Instituto Adolfo Lutz

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