Resumen
Objetivo: Determinar a epidemiologia da transmissão vertical do HIV na DRS XI, região de Presidente Prudente-SP. Materiais e Métodos: Crianças filhas de mães soropositivas para HIV, provenientes de municípios da DRS XI foram avaliadas retrospectivamente pela carga viral, processadas no Instituto Adolfo Lutz em Presidente Prudente-SP, entre março de 2002 e março de 2007. Os dados das mães foram obtidos pela análise dos prontuários depositados no Hospital Estadual de Presidente Prudente (HEEP). Resultados: De 114 crianças analisadas, 9 (7,9%) sofreram transmissão vertical do HIV. O intervalo entre o nascimento e o resultado da primeira amostra foi de 2 meses em 1criança (11,1%); entre 2 e 8 meses em 6 (66,7%) e maior que 12 meses em 2 (22,2%) casos. Entre 86 parturientes infectadas, 54 (62,8%) tiveram parto tipo cesárea e 16 (18,6%) via vaginal. Cinquenta (58,1%) tinham entre 20 e 30 anos de idade. Realizaram pré-natal 59 (68,6%) mulheres; 1 (1,2%) não realizou e para 26 (30,2%) esse dado não constava nos registros. Vinte e duas gestantes fizeram o diagnóstico da infecção para HIV antes do pré-natal (25,6%), 18 (20,9%) durante o período pré-natal, 1 (1,2%) durante o período do parto e 3 (3,5%) após o parto. Para 42 mulheres (48,8%) esses dados não constavam no prontuário. Sobre a terapia anti-retroviral na gestação, 36 (41,9%) mulheres faziam uso de AZT isolado ou em associação, 14 (16,3%) de outros antiretrovirais (ARV) e 10 (11,6%) não fazia uso de nenhum ARV. Não fizeram uso de AZT no parto 10 (11,6%) mulheres. Conclusão: Embora a profilaxia para redução da transmissão materno-fetal esteja disponível a toda gestante, foi significativo a transmissão vertical na DRS XI. Dentre os principais fatores envolvidos estão a falta de realização adequada de pré-natal e a não utilização de AZT.

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Derechos de autor 2009 Revista del Instituto Adolfo Lutz