INFLUÊNCIA DA DISSOCIAÇÃO DE IMUNOCOMPLEXOS NA SOROLOGIA DA LEISHMANIOSE VISCERAL EM CÃES NATURALMENTE INFECTADOS POR Leishmania chagasi, PROVENIETES DE ÁREAS ENDÊMICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Carvalho C, Hiramoto R, Andrade-Jr H. INFLUÊNCIA DA DISSOCIAÇÃO DE IMUNOCOMPLEXOS NA SOROLOGIA DA LEISHMANIOSE VISCERAL EM CÃES NATURALMENTE INFECTADOS POR Leishmania chagasi, PROVENIETES DE ÁREAS ENDÊMICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 22 de octubre de 2009 [citado 18 de julio de 2024];68(Suplemento 1):BM-107. Disponible en: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/39681

Resumen

As Leishmanioses são consideradas zoonoses por acometer homens e mamíferos, causada por protozoários da ordem Kinetoplastidae, presentes em áreas tropicais e subtropicais em todo o mundo. A doença pode ser tegumentar ou visceral, afetando anualmente cerca de 2 milhões de pessoas, sendo 500.000 casos da forma visceral. No Brasil, a leishmaniose visceral, causada pela Leishmania (L.) chagasi, é transmitida por flebotomínios, tendo como principal reservatório o cão doméstico, sua crescente disseminação está relacionada com aspectos socioeconômicos e a fatores geográficos como migração. A leishmaniose visceral é caracterizada por hepato e esplenomegalia, hipergamaglobulinemia e presença de antígenos circulantes. Atualmente existem vários métodos disponíveis para o diagnóstico da leishmaniose visceral, porém os métodos sorológicos podem apresentar resultados conflitantes devido à presença de imunocomplexos presentes na amostra. Alguns animais ou pacientes suspeitos tem resultados variáveis, com amostras ora positivas para IgG ora negativas em um ELISA convencional. Para esclarecer se a presença de imunocomplexos interfere no diagnóstico sorológico, padronizamos um teste imunoenzimático com uma etapa para
dissociação de imunocomplexos, através de choque com pH ácido, seguido de neutralização. Foram testadas 203 amostras de cães com infecção natural parasitológica por L.(L) chagasi, provenientes de áreas endêmicas do estado de São Paulo. Esta população apresentou uma alta positividade sendo que em 45/203(22%) das amostras negativas apresentaram um aumento de título em comparação com a ELISA sem dissociação, com interferência de imunocomplexos sobre a reação sorológica. Em 7/203(3.5%) das amostras a interferência foi maior que 75%, positivando reações negativas. Este tipo de interferência por imunocomplexos pode justificar as variações encontradas na padronização de teste imunoenzimáticos para diagnostico da leishmaniose visceral canina. Novos testes, como o aqui proposto e livre de interferentes, devem ser desenvolvidos, visando o melhor diagnóstico de hospedeiros infectados e permitindo o controle da disseminação desta doença, eliminando resultados falsos negativos.

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Derechos de autor 2009 Revista del Instituto Adolfo Lutz

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