PERFIL DE PACIENTES IDOSOS ACIMA DE 60 ANOS, COM HIV/AIDS, EM ACOMPANHAMENTO DE LINFÓCITOS TCD4+ NOS SERVIÇOS DE REFERÊNCIA EM DST/AIDS DO DEPARTAMENTO REGIONAL DE SAÚDE (DRS 15) DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – SP, NO PERÍODO DE 2005 A 2007

Resumen

O rápido envelhecimento da população brasileira, paralelamente ao aumento da expectativa de vida, possibilitando maior longevidade e melhora da qualidade de vida, inclusive com o advento de drogas de estimulação sexual, e fatores culturais, levando os idosos a ser um dos grupos mais expostos nesse momento à infecção pelo vírus HIV. Avaliar o número de pacientes em acompanhamento nos serviços de referência em HIV/Aids do DRS 15 (101 municípios), com idade acima de 60 anos em relação: sexo, idade e valores de linfócitos TCD4+ , no período de 2005 a 2007, foram objetivos desse estudo. Análise de relatórios obtidos pelo Sistema de Controle de Exames Laboratoriais (SISCEL) do Programa Nacional de DST/Aids e registros do Instituto Adolfo Lutz de São José do Rio Preto na rotina laboratorial de linfócitos TCD4+ , através do método de Citometria de Fluxo em aparelho BD FACSCalibur. Foram detectados nesse período, 163 pacientes idosos com a infecção do HIV/Aids, sendo que a faixa etária que
apresentou maior número de casos se encontrava entre 60 a 69 anos, totalizando, no período, 140 pacientes (85,89%) e acima de 70 anos 23 pacientes (14,11%).Houve predomínio do sexo feminino com 88 pacientes (53,99%) e masculino 75 pacientes (46,01%). Em relação aos valores de linfócitos TCD4+ , grande parte dos pacientes apresentou contagem acima 350 células/mm3. A média de linfócitos TCD4+realizada por paciente no período analisado foi 2,15 exames/ ano. Foi constatado um número significativo de idosos nesse período, sugerindo que os serviços de saúde estão estruturados tanto na atenção básica para o diagnóstico do HIV/Aids como nos ambulatórios de referência para o acompanhamento destes. O grande desafio do século é trabalhar na prevenção, controle e promoção à saúde dos idosos, na tentativa de impedir novos casos com ações efetivas e campanhas de esclarecimento, levando em consideração as dificuldades inerentes à idade.