Resumen
A tuberculose é um grave problema de saúde para grupos de pessoas confinadas, especialmente em presídios, devido à sua transmissão respiratória. O sistema penitenciário possui condições agravantes e peculiares para disseminação e controle da tuberculose (TB). A atual população prisional do Estado de São Paulo é cerca de 140.000 detentos distribuídos em 146 unidades prisionais. O objetivo do trabalho foi avaliar o perfil de resistência de M. tuberculosis isolados de pacientes de prisão no ano de 2008. As 422 cepas identificadas como M. tuberculosis de pacientes de prisão foram submetidas a teste de susceptibilidade no Instituto Adolfo Lutz. Foi determinado o perfil de resistência a isoniazida (INH), rifampicina (RMP), etambutol (EMB) e estreptomicina (SM) pelo método automatizado BACTEC MGIT 960. A susceptibilidade à pirazinamida foi testada pelo método da pirazinamidase. A avaliação da susceptibilidade do M. tuberculosis às drogas antituberculose, identificou resistência em 24 cepas (5,7%), dentre as quais 5 (1,2%) se enquadram no critério de resistência a múltiplas drogas (MDR). A distribuição de monorresistência a cada fármaco foi de 7 (1,7%) para INH; 1 (0,2%) para EMB; 9 (2,1%) para SM. Não houve monorresistência para RMP. Uma cepa (0,2%) apresentou resistência a INH, P, EMB e SM e uma (0,2%) a INH e P (polirresistência). A elevada frequência de TB, alta rotatividade da população carcerária e a deficiente assistência à saúde, põe em risco, os detentos e seus familiares, os profissionais carcerários e a comunidade em geral, servindo como reservatório potencial de casos de MDR. Por isso, medidas de controle visando o diagnóstico rápido e tratamento são fundamentais para se evitar a transmissão e perpetuação da doença.
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