Resumen
A vacinação é o meio mais eficaz de prevenir a infecção pelo vírus da rubéola. Os eventos adversos relacionados à vacina da rubéola são: edema, febre, exantema, dor articular, artrite e outros. Nós relatamos uma paciente de 26 anos de idade, imunocompetente que, após vacinação contra a rubéola e sarampo em 2008, iniciou quadro de febre, exantema morbiliforme difuso associado com prurido. Evoluiu com linfoadenomegalia retroauricular e artralgia em articulações das mãos e pés. A paciente havia sido comprovadamente vacinada contra a rubéola há 7 anos. Anticorpos (IgM) específicos para Parvovirus B19, Sarampo e Rubéola foram negativos e IgG positivos. Amostras de orofaringe, sangue e urina coletadas 50, 80, 112, 142 e 242 dias após a vacinação foram inoculadas em culturas células SIRC e Vero para o isolamento viral. As amostras biológicas e as células inoculadas em culturas celulares foram processadas para PCR e análise filogenética. Os isolamentos virais e a PCR foram positivos para o vírus da rubéola. As seqüências obtidas são filogeneticamente semelhantes (99%) com a cepa vacinal do vírus da rubéola RA27/3. A paciente evoluiu sem febre após um mês, ciclos de remissão e novos acometimentos do exantema morbiliforme e artralgias intermitentes. Esses sintomas se tornaram menos frequentes ao longo dos meses. Durante este período, a paciente foi submetida à pesquisa humoral e celular de imunodeficiências que resultou negativa. A vacina da rubéola é utilizada em todo mundo com boa tolerabilidade e segurança. Este é o primeiro relato descrito na literatura de paciente previamente vacinada contra rubéola apresentando viremia e sintomas persistentes após vacinação com isolamento viral e PCR positivos para o vírus da rubéola.
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