Resumen
A partir de uma ampla revisão da literatura científica e de documentos técnicos produzidos por instituições de referência, este estudo examina as repercussões do uso de agrotóxicos sobre a saúde humana e os ecossistemas na agricultura familiar. Esse tipo de produção agrícola enfrenta um dilema cada vez mais grave: o uso excessivo de agrotóxicos. Essa prática, embora visando aumentar a produtividade, coloca em risco a saúde humana e o meio ambiente. A exposição prolongada a essas substâncias químicas está associada a diversas doenças, como câncer, problemas respiratórios e malformações congênitas, afetando principalmente os agricultores familiares que têm contato direto com os produtos. O Brasil destaca-se no cenário global como um dos maiores consumidores de agrotóxicos. Essa realidade, compartilhada por outras nações em desenvolvimento, como China, Índia e Argentina, evidencia a magnitude do problema. Em contraste, países desenvolvidos, como os Estados Unidos e os da União Europeia, têm implementado políticas mais rigorosas para restringir o uso de agrotóxicos e promover práticas agrícolas mais sustentáveis. A transição para sistemas agrícolas agroecológicos, que promovem a saúde do solo, a biodiversidade e a qualidade dos alimentos, é fundamental. Políticas públicas que incentivem a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias limpas, o acesso a crédito e a capacitação de agricultores são essenciais para essa transformação. Além disso, a conscientização da sociedade sobre os impactos do uso de agrotóxicos é fundamental para impulsionar a demanda por alimentos produzidos de forma mais sustentável. Em suma, o uso intensivo de agrotóxicos na agricultura familiar é um problema global que exige soluções urgentes. A adoção de práticas agroecológicas, o apoio de políticas públicas e a conscientização da sociedade são pilares para construir um futuro mais sustentável para a agricultura, para a saúde do planeta terra e para o bem-estar humano.
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Derechos de autor 2024 Maria Celeste Cardeal de Oliveira