Análise dos resultados do programa de rotulagem nutricional de produtos embalados de origem animal comercializados no estado do Paraná

Resumen

Os produtos de origem animal, comercializados no estado do Paraná, exigem das empresas atendimento aos padrões de rotulagem; e, por isso, foi realizado um programa de controle de análise de rotulagem pelo Laboratório Central do Estado do Paraná para verificar a adequação dos rótulos de acordo com as Resoluções de Diretoria Colegiada, Instruções Normativas e Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade. Foram analisados 30 rótulos de queijos, linguiças e embutidos, recolhidos em estabelecimentos comerciais entre março e junho de 2024, com selo SUSAF e SIM. Utilizando-se o método de comparação com as legislações vigentes, foram analisados diferentes pontos e agrupados em tópicos principais, somando o seguinte número de erros: seis relacionados à denominação de venda, oito às impressões do rótulo, 25 a alergênicos, seis a ingredientes, seis a aromas, 24 à data de validade/lote, cinco a cuidados de conservação e armazenamento, cinco à identificação da empresa, 55 à tabela nutricional, 45 à medida caseira e porção por embalagem, 19 à expressão “valores diários”, seis ao peso da embalagem e 16 ao formato da tabela. Pode-se ver que os erros mais frequentes encontrados nas rotulagens nutricionais foram referentes à tabela nutricional, à medida caseira e à porção por embalagem. Nesses tópicos pode-se observar que são encontrados erros como: cálculos incorretos do valor energético e valores diários, ausência das referências para o cálculo do valor nutricional por 100 g/100 mL e por porção, unidade de medida incorreta, ilegibilidade de valores e regra de arredondamento incorreta. O lote e data de validade apresentam também erros frequentes: informações ausentes, falta de nitidez, fora do campo, à caneta ou incompleto. Os resultados da análise indicaram que muitos erros podem ser encontrados na rotulagem de produtos de origem animal, mostrando que as empresas ainda não seguem a nova legislação vigente, seja por negligência, falta de conhecimento ou orientação, impactando nas informações passadas aos consumidores.