Contribuição ao estudo e à aplicação do método de Howard nas contagens de cogumelos dos produtos de tomate
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Como Citar

1.
G JP, Menezes Junior JBF de. Contribuição ao estudo e à aplicação do método de Howard nas contagens de cogumelos dos produtos de tomate. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 24º de janeiro de 1948 [citado 27º de dezembro de 2024];8(1-2):99-136. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/33181

Resumo

Os autores procuram estudar e sugerir algumas observações à técnica de Howard para contagem microscópica de cogumelos nos produtos de tomate, e, bem assim, lembrar a necessidade da fixação, em nosso Código Bromatológico, de uma cifra limite de campos positivos com micélios de cogumelo para tais produtos, de conformidade com suas densidades. Referem às críticas ao método de Howard e procuram esclarecer todos os detalhes em que há, ainda, dificuldades na interpretação, ilustrando-os com desenhos e microfotos que o atacam nas diversas fazes de elaboração do produto industrial. A parte experimental foi feita nos laboratórios de Instituto Adolfo Lutz, partindo de 6 amostras de sucos de tomate, diversamente contaminadas e submetidas à evaporação em estufa a 55-60oC, primeiramente à metade e, em seguida, a 1/8 do seu volume inicial, até consistência dos extratos e massas comerciais. Em todos os estágios a amostra passou pelas seguintes provas analíticas: determinação da umidade, do extrato seco, da densidade e contagens microscópicas de cogumelos, pelas técnicas A e B. Técnica A - Método de Howard - modificação de Rivas. Técnica B - Método de Howard (modificado) - na qual, à amostra previamente pesada (e não medida), juntam-se 20 gotas de solução alcoólica de tionina a 1%, para em seguida fazer-se a diluição com água destilada. Esta técnica, ensaiada pelos autores, deu ótimos resultados não só pela uniforme coloração de todos os elementos do campo microscópico, como por manter-se este bastante claro e sem refringência. Apresentam vários quadros em que resumem os trabalhos e fazem sua interpretação. Do conjunto de suas observações os autores chegaram às seguintes conclusões:

Não se pode adotar somente uma cifra de tolerância de campos positivos para todos os produtos de tomate. O aumento de campos positivos guarda proporcionalidade com a concentração do produto. A amostra deve ser pesada (gr.) e não medida (cc.) ao se fazer a diluição. O uso de um corante favorece a observação microscópica. A contagem de 25 ou 50 campos por carga de câmara dá resultados aproximados. Consideram necessária e justa a fixação das seguintes cifras limites para os diversos produtos de tomate:

Sucos até 20% de campos positivos. Massas comuns até 30% de campos positivos. Extratos (simples, duplo e tríplice) até 50% de campos positivos.

https://doi.org/10.53393/rial.1948.8.33181
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