AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DE IDENTIFICAÇÕES DAS CEPAS DE LEVEDURAS DE INTERESSE MÉDICO RECEBIDAS PELA SEÇÃO DE MICOLOGIA DO INSTITUTO ADOLFO LUTZ PROVENIENTES DA CAPITAL E DO INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Como Citar

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Silva A, Pukinskas S, Miyashita F, Martins M, Matos D, Silva D, Baez A, Melhem M. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DE IDENTIFICAÇÕES DAS CEPAS DE LEVEDURAS DE INTERESSE MÉDICO RECEBIDAS PELA SEÇÃO DE MICOLOGIA DO INSTITUTO ADOLFO LUTZ PROVENIENTES DA CAPITAL E DO INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 22º de outubro de 2009 [citado 19º de julho de 2024];68(Suplemento 1):BM-33. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/39490

Resumo

As leveduras são os principais agentes de infecções fúngicas em pacientes hospitalizados. As infecções fúngicas de sistema nervoso, meningite fúngica, e de corrente sanguínea, denominadas candidemias, são os quadros mais graves, com altos índices de mortalidade e letalidade. Deste modo, é preciso conhecer os agentes fúngicos responsáveis por estas infecções e monitorar o respectivo perfil de resistência microbiana hospitalar no Brasil visando melhorar a vigilância dos serviços de saúde, assim como a qualidade e emissão de dados. O objetivo deste trabalho foi avaliar a porcentagem de acerto nos resultados de identificações de leveduras responsáveis por infecção em corrente sanguínea e no sistema nervoso central, em pacientes do Estado de São Paulo. Foram analisadas 568 cepas de hemoculturas e liquido céfalo raquidiano (LCR) provenientes de hospitais e laboratórios da capital e do interior do Estado no período de janeiro de 2008 a junho de 2009. As leveduras foram re-identificadas utilizando-se provas morfológicas e bioquímicas. As espécies encontradas foram: C. albicans, C. parapsilosis, C. tropicalis, C. glabrata, C. guilliermondii, Rhodotorula mucilaginosa, C. krusei, C. lusitaniae, C. kefyr, Saccharomyces cereviseae, Cryptococcus neoformans e C. gattii. Das 568 amostras recebidas, n=119 (21%) vieram sem identificação do laboratório de origem. As espécies mais freqüentes foram: C. albicans (II n=21 (14%), E n= 5 (4%) e IC n=120 (82%)), C. parapsilosis (II n=62 (47%), E n=7 (5%), IC n= 62 (47%)), C. tropicalis (II n=24 (41%), E n=4 (7%), IC n=31 (53%)), C. neoformans (II n=39 (49%), E n=7 (9%), IC n=34 (43%)), sendo que II, E IC significam “identificação incompleta”, “erro” e “identificação correta”, respectivamente. Houve concordância em 78% das cepas. Chama atenção o fato de que 9% das leveduras do gênero Cryptococcus foram identificadas erroneamente, sendo que em 6% dessas foram identificadas como Candidas spp. De modo geral os laboratórios estão empenhados em identificar leveduras até espécie, porém existe uma falha grave no diagnóstico de criptococose. 

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Copyright (c) 2009 AC Silva, SRBS Pukinskas, F Miyashita, MA Martins, D Matos, DC Silva, AA Baez, MSC Melhem

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