DIVERSIDADE GENÉTICA DO HIV EM AMOSTRAS ENCAMINHADAS PARA TESTE DE RESISTÊNCIA NO INSTITUTO ADOLFO LUTZ DE SÃO PAULO
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Como Citar

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Magri M, Souza L, Cavalcanti J, Batista J, Rodrigues R, Brígido L. DIVERSIDADE GENÉTICA DO HIV EM AMOSTRAS ENCAMINHADAS PARA TESTE DE RESISTÊNCIA NO INSTITUTO ADOLFO LUTZ DE SÃO PAULO. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 22º de outubro de 2009 [citado 1º de setembro de 2024];68(Suplemento 1):BM-69. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/39585

Resumo

A epidemia do HIV no Brasil é predominantemente pelo subtipo B, com presença dos subtipos F, C e recombinantes. A introdução da terapia antiretroviral no final da década de 90, proporcionou melhor sobrevida aos pacientes, mas gerou problemas em relação ao desenvolvimento de resistência viral. O objetivo desse trabalho foi analisar a diversidade genética do HIV-1 de amostras encaminhadas para testagem de resistência a medicamentos em São Paulo. No período de fevereiro-junho/2008, foram analisadas 89 amostras encaminhadas ao Laboratório de Genotipagem do HIV, Instituto Adolfo Lutz-São Paulo, para realização do teste de resistência do HIV (Rede Nacional de Genotipagem–PN DST/Aids). O kit utilizado foi o Trugene–Siemens (extração do RNA viral de plasma, seguida da retrotranscrição, PCR e sequenciamento). As seqüências obtidas foram analisadas utilizando os sites da Universidade de Stanford (http://hivdb.stanford.edu/index.html) e do NCBI(http://www.ncbi.nlm.nih.gov/), além dos programas SimPlot e PAUP. Do total, 72% eram do gênero masculino; idade variou de 2-77 anos (média 38,6); 75% atendidos na região metropolitana, 25% no interior. Na análise das seqüências, subtipos encontrados foram B(74%), F(12%), C(2%), recombinante B/F ou F/B(9%) e indeterminado(2%). Mutações mais frequentes na protease foram: I54V (27%), L90M (26%) e V82A (20%); e na transcriptase reversa: M184V/I (84%), M41L (43%), T215Y (42%), K103N (37%) e D67N (33%). Foi observado aumento da frequência da mutação M184V/I de 57% para 84% e queda da T215, de 59% para 42% (ambas com p<0,001), quando comparado com amostras analisadas de 2000 a 2007 no nosso laboratório utilizando a metodologia ViroSeq HIV–Abbott. De acordo com o relatório de mutações gerados por Stanford, os resultados sugerem importante modificação na prevalência de algumas mutações, como M184V/I e T215, que devem ter seu impacto melhor avaliado na terapia. Os dados encontrados de diversidade não diferem daqueles relatados na literatura, porém este estudo observou um aumento na presença de mosaico B/F.

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Copyright (c) 2009 MC Magri, LO Souza, JS Cavalcanti, JPG Batista, R Rodrigues, LFM Brígido

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