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Resumo
Achatina fulica foi introduzida no Brasil com propósitos comerciais, mas nas últimas décadas a espécie se dispersou, convivendo cada vez mais próximo do homem e de animais domésticos. Do ponto de vista de saúde pública este caramujo pode atuar como hospedeiro intermediário das angiostrongilíases de importância médico-veterinária. A partir de um estudo exploratório realizado em janeiro de 2009, com o objetivo de investigar a ocorrência de larvas de metaestrongilídeos em moluscos terrestres urbanos em municípios do Estado de São Paulo, os autores relataram a presença de larvas L3 de Aelurostrongylus abstrusus, parasitos pulmonares de felídeos, em A. fulica. Foram examinados 206 espécimes capturados no Bairro Parque das Nações, em Bauru. As regiões cefalopodais dos moluscos foram separadas das conchas, cortadas em pequenos pedaços e digeridas em solução de pepsina por 8 h a 37º C. Em seguida, o material foi submetido a extração de larvas pela técnica de Rugai. Para o estudo morfológico, as larvas foram fixadas em A.F.A. a quente e observadas em microscópio Confocal. A morfometria foi realizada a partir das imagens produzidas em microscópio óptico comum e analisadas pelo software Axion Vision 4.6. As características morfológicas e os índices morfométricos foram comparados com L3 de Angiostrongylus costaricensis obtidas de infecção experimental em Biomphalaria glabrata. Com este achado, os autores reiteram a importância da A. fulica na transmissão de metastrogilídeos para felídeos domésticos e destacam o valor do diagnóstico específico como ferramenta para a vigilância e controle epidemiológico em áreas sob risco de infecção.
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Copyright (c) 2009 DJG Mota, T Kawano, PLS Pinto