AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DA QUALIDADE DA ÁGUA DE POÇOS E MINAS DESTINADA AO CONSUMO HUMANO DO ESTADO DE SÃO PAULO NO PERÍODO 2005-2008

Resumo

A norma de qualidade em sistemas de abastecimento publica e soluções alternativas, para água para consumo humano, são aprovadas pela Portaria nº. 518/2004 do MS. O objetivo deste trabalho foi reunir dados para avaliação do potencial de risco das águas provenientes de poços, minas e fontes de 102 municípios do Estado de São Paulo incluindo a capital. No período de 2005 a 2008 foram coletadas 1759 amostras de águas, sendo 1356 de poços e 403 de minas e fontes. Foram avaliados os parâmetros: ferro, cor, turbidez, aspecto, presença de depósito, nitrato, nitrito, amônia e flúor segundo os métodos físico-químicos constantes no livro de Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz. Neste período das 1356 amostras de poços analisadas 14,7% foram insatisfatórias em ferro, 7,4% apresentaram cor, 5,2% turbidez, 2,7% aspecto alterado, 1,2% depósito, 10% nitrato, 0,4% amônia, 0,3% nitrito, 1,0 % flúor e 0,4% apresentaram odor. No mesmo período das 403 amostras de minas e fontes analisadas 7,4% apresentaram alteração no parâmetro ferro, 7,7% cor, 5,9% turbidez, 4,0% aspecto alterado, 2,0% depósito, 11,7% nitrato, 0,7% nitrito, 0,5% amônia e 0,25% flúor. A presença de cor, turbidez e depósito podem estar relacionados com a elevada concentração de ferro, e este pode ser proveniente tanto da má condição da bomba, bem como da própria natureza das rochas. Já o nitrato, nitrito e amônia podem ser justificados pela má conservação do poço ou sua localização estar próxima de fossas. Com relação às minas e fontes a presença destes contaminantes pode ser devido à sua própria natureza propiciar maior exposição a contaminantes externos. Os níveis de flúor encontrados em poços e minas acima do limite permitido podem ter sua causa na própria natureza das rochas.