Resumo
O Brasil é um país rico em água subterrânea, cerca de 3 milhões de habitantes da região metropolitana de São Paulo são abastecidos por essa solução alternativa coletiva através de poços. Naturalmente a água subterrânea pode conter teores de íons fluoreto acima do nível aceitável pela legislação. O excesso deste mineral pode causar fluorose nos ossos e dentes. O presente trabalho teve como objetivo a avaliação retrospectiva do nível de fluoreto em águas de poços em um município da região do ABC. Foram analisadas na seção de Físico Química do Instituto Adolfo Lutz Laboratório I de Santo André 105 amostras de água de dois poços no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2008. As coletas foram realizadas pela VISA municipal atendendo ao Programa PROÁGUA. A metodologia empregada seguiu os procedimentos descritos no Livro de Métodos Físico Químicos para Análise de Alimentos e o Standart Methods for Examination of Water and Wasterwater. Das amostras analisadas 23 (22%) encontravam se com valores de fluoreto acima de 1,5 mg/L, portanto em desacordo com a Portaria 518 GM de 25 de março de 2004 do Ministério da Saúde. A Resolução SS-250 de 15/08/95 considera dentro do padrão de potabilidade, águas que apresentam concentração de íons fluoreto dentro da faixa de 0,6 a 0,8mg/L no Estado de São Paulo. Das amostras analisadas, 66 (63%) delas apresentam valores acima de 0,8mg/L de íons fluoreto, o que eleva o número de amostras em desacordo. Com este estudo foi possível comprovar através de valores, a existência de íons fluoreto de forma natural em águas de captação subterrânea.
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