MATÉRIAS ESTRANHAS PROCEDENTES DE DENÚNCIAS DE CONSUMIDORES NA REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO – SP, 2005 A 2008
pdf

Como Citar

1.
Silva E, Prado S. MATÉRIAS ESTRANHAS PROCEDENTES DE DENÚNCIAS DE CONSUMIDORES NA REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO – SP, 2005 A 2008. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 22º de outubro de 2009 [citado 19º de julho de 2024];68(Suplemento 1):BQ-98. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/40424

Resumo

A presença de matérias estranhas em alimentos é causa freqüente de reclamações por parte dos consumidores aos órgãos públicos competentes em virtude da crescente busca por alimentos saudáveis e seguros. Este trabalho teve como objetivos verificar as
principais contaminações macroscópicas e/ou microscópicas dos alimentos procedentes de denúncias de consumidores, a conformidade destes com os padrões estabelecidos pela legislação em vigor e as classes alimentícias frequentemente envolvidas nessas ocorrências. Foram analisadas pelo Setor de Microscopia Alimentar do IAL de Ribeirão Preto 92 amostras de alimentos, no período de 2005 a 2008, conforme os métodos descritos pela Association of Official Analytical Chemists (AOAC, 2005). Do total de
amostras analisadas, 36 estavam em desacordo com as legislações em vigor, sendo 14% pela Resolução – RDC nº 175/2003, da ANVISA/MS por conter excrementos e pêlos de roedor, parasitos, grânulos duros e partículas metálicas, que são matérias estranhas consideradas prejudiciais à saúde humana e 86% pela Portaria nº 326/1997, da SVS/MS por conter insetos e seus fragmentos, teias e excrementos de larvas, larvas inteiras, matéria amorfa, fungos filamentosos, pêlo animal (suíno), pena de ave (frango) e fio de cabelo, indicando a não adoção e/ou manutenção das Boas Práticas de Fabricação (BPF). Dos grupos de alimentos denunciados encontravam-se em desacordo com os parâmetros estabelecidos na legislação as bebidas alcoólicas e não alcoólicas (19,4%), cacau e derivados (14%), leite e derivados (14%), produtos cárneos (14%), produtos de confeitaria (11%), prato pronto (5,6%), produto extrudado (5,6%), grãos (5,6%), conservas (2,7%), pescados (2,7%), especiarias (2,7%) e açucarados (2,7%). Os resultados das análises apontam a importância da implantação das BPF bem como a aplicação do sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), que são ferramentas essenciais para o controle higiênico-sanitário dos alimentos e, conseqüentemente, para a garantia da segurança alimentar.

pdf
Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2009 EP Silva, SPT Prado

Downloads

Não há dados estatísticos.