A leishmaniose visceral canina: da mudança do diagnóstico até os dias de hoje (2012 a 2023)
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Palavras-chave

Leishmaniose Visceral
Diagnóstico Sorológico
Descentralização

Como Citar

1.
Hiramoto RM, Inumaru MKG, Bezerra GC, Taniguchi HH, Barbosa JE de R, Tolezano JE. A leishmaniose visceral canina: da mudança do diagnóstico até os dias de hoje (2012 a 2023) . Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 3º de novembro de 2024 [citado 5º de fevereiro de 2025];83:e40813. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/41002

Resumo

Os cães são considerados os reservatórios da leishmaniose visceral, podendo servir de fonte de infecção para os flebotomíneos. O diagnóstico precoce para eventual tratamento ou remoção dos animais tem sido uma das medidas adotada pelo Ministério da Saúde há muitos anos. Logo após a introdução da doença no estado de São Paulo, o diagnóstico sorológico era realizado na rede do Instituto Adolfo Lutz (IAL). As amostras de sangue coletadas dos animais em papel filtro, eram testadas utilizando ensaio Imunoenzimático (ELISA) como triagem e a imunofluorescência indireta (RIFI) como teste confirmatório. Em 2010, o papel filtro foi abolido e o diagnóstico passou a ser realizado com soro sanguíneo. Em 2012, a triagem passou a ser realizada pelo teste imunocromatográfico rápido Dual Path Platform (TR DPP) e a ELISA como teste confirmatório. Neste mesmo ano, o estado de São Paulo descentralizou o diagnóstico sorológico. Assim, após o treinamento dos profissionais, ministrado pelo IAL Central e pelos Centro de Laboratórios Regionais do IAL, a triagem dos exames passou a ser realizada pelos municípios. Ao final daquele ano, 66 municípios paulista realizavam o TR DPP. Atualmente dos 181 municípios com transmissão de leishmaniose visceral humana (LVH) e/ou canina (LVC), cerca de 163 municípios estão descentralizados e realizam os exames em suas unidades. No período de 2012 a 2023, foram liberados e utilizados pelos municípios e unidades do IAL valores superiores a 1 milhão de testes para diagnóstico da LVC. A positividade variou de 15,72 a 24,00%, dependendo do ano analisado e no período foi de cerca de 18,41%. Com a expansão da LVC e LVH, o trabalho de descentralização tem sido mantido até a presente data, e com expansão nas regiões de Campinas e Ribeirão Preto, saindo das áreas de Araçatuba, Bauru, Marília, Presidente Prudente e São José do Rio Preto onde a transmissão é mais intensa.

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Copyright (c) 2024 Roberto Mitsuyoshi Hiramoto, Marcio Keiti Guedes Inumaru, Givaldo Cavalcante Bezerra, Helena Hilomi Taniguchi, José Eduardo de Raeffray Barbosa, José Eduardo Tolezano

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