Identificação e quantificação da carga parasitária de Leishmania infantum por qPCR em cães de regiões endêmicas de leishmaniose visceral canina do estado de São Paulo
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Palavras-chave

Leishmaniose Visceral
PCR em Tempo Real
Epidemiologia Molecular

Como Citar

1.
Bezerra JBM, Tolezano JE, Borborema SET. Identificação e quantificação da carga parasitária de Leishmania infantum por qPCR em cães de regiões endêmicas de leishmaniose visceral canina do estado de São Paulo. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 3º de novembro de 2024 [citado 5º de fevereiro de 2025];83:e40699. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/41049

Resumo

A leishmaniose visceral canina (LVC) é causada principalmente pelo protozoário parasito Leishmania infantum e transmitido por insetos flebotomíneos. Os cães são considerados os hospedeiros reservatórios mais importantes no ciclo de transmissão zoonótica. Normalmente, a detecção de casos de LVC precede a notificação de casos humanos. No estado de São Paulo (ESP), a vigilância epidemiológica baseia-se na confirmação de casos caninos para a classificação de risco de municípios, permitindo direcionamento de estratégias em saúde pública. O diagnóstico laboratorial é baseado na detecção de anticorpos contra o parasito e, animais soropositivos em dois testes distintos são indicados à eutanásia. Entretanto, os testes sorológicos têm limitações e a análise molecular apresenta maior sensibilidade e especificidade. Assim, o presente estudo objetivou identificar e quantificar a carga parasitária de cães naturalmente infectados, soropositivos e eutanasiados de regiões endêmicas do ESP. Foram coletadas 21 amostras de aspirado de baço (seis de Votuporanga, oito de Araçatuba, quatro de Presidente Prudente e três de Fernandópolis) de cães soropositivos e com sintomatologia da doença. As amostras foram submetidas à extração de DNA genômico e reação em cadeia da polimerase em tempo real (qPCR). A qPCR foi realizada com o sistema TaqMan e iniciadores da subunidade menor do RNA ribossomal (SSUrRNA), específicos para o subgênero Leishmania e do gene GAPDH, específico para mamíferos, como controle endógeno. Dos 21 cães avaliados, 19 apresentaram amplificação positiva para o gene de SSUrRNA, confirmando a presença do parasito L. infantum. Os valores de Cq variaram de 19,17 a 30,65. Todas as amostras apresentaram amplificação positiva para o gene de GAPDH, confirmando a presença do material coletado e extraído. A carga parasitária variou de 1.000 a 1.200.000 parasitos. Estes dados podem subsidiar uma proposta de vigilância epidemiológica molecular de LVC, para classificação de cepa circulantes do parasito e monitoração da carga parasitária.

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Copyright (c) 2024 Jonathan Braga Moreira Bezerra, José Eduardo Tolezano, Samanta Etel Treiger Borborema

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